1ª quinzena de abril já choveu mais que o dobro do esperado para o mês nas Bacias PCJ

Sistema Cantareira caminha para chegar aos 60% de armazenamento às vésperas do período seco

As chuvas acumuladas do mês de abril já estão mais de 100% acima da média histórica nas Bacias PCJ. Segundo levantamento da equipe técnica do Consórcio PCJ, a primeira quinzena do mês choveu 113,80 mm, enquanto a média histórica par ao período é de 54,30 mm, portanto, o volume de chuvas está 109% acima do normal. Na região de cabeceira das Bacias PCJ, onde estão os reservatórios do Sistema Cantareira, as precipitações também estão acima da média, mas em menor quantidade. No acumulado do mês, choveu 103,10 mm no Cantareira, quando a média histórica é de 86,60, portanto 19% acima do esperado.

Tanta água tem ajudado na recuperação do Sistema Cantareira, que atingiu na última quarta-feira (17) 57,70% do total do volume útil. A expectativa é que o Sistema entre no período seco com 60% de reservação, o que permitirá tanto para as Bacias PCJ como para a Grande São Paulo atravessarem a estiagem de 2019 sem dificuldades.

Após o mês de março ter apresentando chuvas abaixo do esperado em alguns pontos da bacia, o mês de abril acabou impressionando de forma positiva os técnicos, que apostavam em precipitações mais volumosas para a recuperação do Sistema Cantareira para o período de estiagem. Todos os pontos de medição apresentam volumes de chuvas acima da média histórica em abril.

As cidades das Bacias PCJ que apresentaram os maiores volumes de precipitações foram: Monte Mor, com 211 mm quando a média para o mês é de 34,32 mm, portanto 514% acima da média; depois o maior volume de chuvas aconteceu em Campinas, com 171 mm quando o esperado para o mês 29,82 mm, portanto, 473%, acimada da média; e, por fim, Santa Bárbara d’Oeste, também apresentou grandes volumes de precipitações, com 133,25 mm, quando a média histórica é 32,74 mm, ou seja, 307% acima da média histórica mensal.

O mês de abril comumente apresenta as menores precipitações do período úmido, o que não se viu no mês neste ano de 2019, configurando que nossa região está sofrendo com mudanças climáticas.

Para o coordenador de projetos do Consórcio PCJ, José Cezar Saad, as variações sempre constantes do comportamento das precipitações exigem planejamento para a ocorrência de eventos extremos. “Cada vez está mais comum chuvas muito intensas em curtos espaços de tempo e secas mais prolongadas, o que irá requerer no planejamento das políticas públicas futuras voltadas à gestão da água com maior atenção à ocorrência de eventos climáticos extremos”, comenta.

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