Webinar destaca monitoramento hidrológico como chave central na prevenção de impactos às Estiagens

O Consórcio PCJ promoveu na última quinta-feira o webinar “Prevenção aos Impactos das Estiagens”, com as palestras do coordenador de Meio Ambiente da Fiesp e coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ, Alexandre Vilella, do diretor do Departamento de Controle Ambiental – SEDEMA de Piracicaba/SP, Carlos César Ambrosano, e do secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz. No encontro virtual o trabalho de contingenciamento de Estiagens nas Bacias PCJ foi debatido e destacou-se que o primeiro passo para um eficiente sistema de mitigação de impactos deve começar por um eficiente monitoramento da região.

O Coordenador da CT-MH defendeu em sua apresentação que uma boa gestão é feita com acesso à informação de qualidade e confiável, além de destacar o trabalho de monitoramento feito nas Bacias PCJ, pela telemetria do Departamento de Água e energia Elétrica (DAEE), que permite aos usuários embasarem melhor as decisões sobre o manejo da disponibilidade hídrica local. Como exemplo, ele citou a gestão do Sistema Cantareira, que abastece as Bacias PCJ e a Grande São Paulo, que com a nova outorga e a gestão compartilhada, permitiu a ampliação dos volumes enviados à bacia. Em 2019, bateu o recorde de vazões médias em 8,25m³/s.

Vilella apontou também a mudança de visão da Indústria sobre a gestão de recursos hídricos, que assume uma dinâmica de uso da água para além de suas plantas. “Não adianta mais olhar para a gestão entre muros, temos de olhar para toda a cadeia”, disse.

Ambrosano discorreu sobre a importância de proteção de nascentes e o trabalho de construção de bacias de retenção em áreas rurais e os piscinões ecológicos em regiões urbanas. “No começo as bacias eram uma forma apenas de melhorar as estradas vicinais e depois descobriu-se o grande potencial para ampliar a disponibilidade hídrica de vazões de nascentes e do lençol freático”, atentou.

O secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, ressaltou a importância de “agir antes que aconteça”, estimulando os gestores públicos a realizarem ações no início da época seca, para que o abastecimento de água não seja interrompido no caso de um agravamento da estiagem, visto que o mês de abril deste ano foi um dos mais secos da história. Lahóz aproveitou também para divulgar os “30 mandamentos da estiagem”, documento produzido pelo Consórcio PCJ em apoio aos tomadores de decisão, que contempla, entre outras atividades, a construção de reservatórios para o acúmulo de água durante a época de chuvas e posterior utilização nos períodos mais secos.

Quando inquerido pelos participantes sobre porque não se encontram outros “PCJs” no sistema de gestão brasileiro, o Secretário Executivo comentou que “a necessidade fez a Bacia PCJ se tornar eficiente; temos uma disponibilidade hídrica igual ou pior que de países áridos, se não tivéssemos um sistema de gerenciamento atuante e diligente teríamos problemas para abastecer todos os setores: urbano, rural e industrial”, comentou.

O Webinar “Prevenção aos Impactos das Estiagens” teve duração de pouco mais de uma hora e meia e contou com a participação de 100 pessoas. Para ficar por dentro das atividades online do Consórcio PCJ durante esse período de quarentena devido ao coronavírus, acesse www.agua.org.br.

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