O Consórcio PCJ realizou no último dia 16 de novembro na cidade de Valinhos, palestra de esclarecimento sobre alternativas para a gestão da água durante o período de chuvas e estiagem, abordando a importância da implantação das bacias de retenção, na zona rural e piscinões ecológicos, na área urbana, como forma de conter picos de cheias e auxiliar a recarga do lençol freático para os períodos de secas.
A palestra foi ministrada pelo secretário executivo da entidade, Francisco Lahóz, e participaram da iniciativa as equipes do Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV), da Defesa Civil, da Secretaria de Obras e Serviços Públicos e a Secretária de Planejamento e Meio Ambiente.
“O curso é uma forma de fazermos uma reflexão sobre a nossa situação de drenagem e como amenizar os impactos das chuvas nos meses de dezembro e janeiro. A conclusão que chegamos é que precisamos abordar os produtores rurais da cidade para discutir a contenção de enchentes a partir da área rural para que o Córrego Invernada, o Ribeirão Pinheiros e Córrego Bom Jardim não sofram inundações e não provoque destruição à cidade”, comentou o presidente do DAEV, Pedro Inácio Medeiros.
Em sua palestra, Lahóz pontuou sobre a necessidade de ampliar a capacidade de penetração da água no solo, e recarga no lençol freático. Para a região rural, a alternativa é construir as bacias de retenção, também conhecidas como cacimbas, que permitem alimentar o lençol freático e diminuir picos de vazões nos rios antes de chegar ao perímetro urbano, evitando-se, assim enchentes, além de contribuir para a redução do assoreamento dos corpos de água, já que fortes enxurradas causam erosão em estradas vicinais e, consequentemente, o carreamento de partículas para o leito dos rios.
Para o perímetro urbano, Lahóz indicou a construção de piscinões ecológicos, que permitem a percolação da água no solo, atuando como uma “grande bacia de retenção”. O local de implantação dos Piscinões Ecológicos poderá receber paisagismo, obras de infraestrutura e lazer, o que permitirá o seu uso como espaço público pela população, diferentemente do que ocorre com os piscinões convencionais construídos de concreto em grandes centros urbanos, no qual a comunidade muitas vezes se manifesta contra sua implantação.
“Nós entendemos que um departamento de água e esgoto que busca a sustentabilidade e a qualidade de vida e que nos procura é uma oportunidade para que possamos difundir esse projeto. Se cada gota d’água fosse retida na zona rural, ela estaria revitalizando nascentes e irrigando árvores e plantas, evitando assim, que as inundações ocorram na cidade”, disse Lahóz.
Valinhos e o Consórcio PCJ agendaram reunião para o início de dezembro para debater a implantação de um piscinão ecológico no município. “Esperamos que Valinhos concretize a realização desse projeto piloto, já que a cidade já foi berço de outros projetos pilotos bem sucedidos do Consórcio PCJ”, comentou o secretário executivo da entidade.