UNESP e FEBRAGEO lança livro sobre o Projeto do Geoparque do Corumbataí

Consórcio PCJ é um dos parceiros da iniciativa e colaborou com um dos capítulos da nova publicação

O Instituto de Geociências e Ciências Exatas – IGCE/UNESP, a Federação Brasileira de Geólogos – FEBRAGEO e parceiros lançam nessa terça-feira, dia 22, o livro “Projeto Geoparque Corumbataí: a relevância do patrimônio geológico na valorização do território”, que acontecerá no canal do YouTube da FEBRAGEO, a partir das 17h. O Consórcio PCJ é um dos apoiadores da iniciativa e contribuiu com um dos capítulos da publicação.

O livro discute a proposição do Geoparque Corumbataí, na região central do Estado de São Paulo, território que busca se organizar para ser reconhecido pela UNESCO, em futuro próximo, na Rede Global de Geoparques Mundiais. O projeto é coordenado e desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (IGCE/UNESP), sendo alicerçado nos patrimônios naturais físicos (Geodiversidade), sua interface com a Geoconservação e o Geoturismo, contribuindo para o desenvolvimento regional sustentável.

O livro é concebido considerando diferentes temas relacionados do Projeto Geoparque Corumbataí, dentre os quais destacam-se: histórico do projeto; geoconservação e suas vertentes; geoparques e o exercício profissional em geodiversidade; caracterização do território do Corumbataí; legislação ambiental; gestão das águas; história geológica e arqueologia da região do Geoparque Corumbataí; geopatrimônio e geossítios; turismo e desenvolvimento social local; e educação para a geoconservação.

Tem como objetivo principal divulgar conhecimentos da Geologia e da Geoconservação, mostrando a importância do conhecimento da Geodiversidade e das atividades realizadas por profissionais da Geologia e das Geociências. É utilizada uma linguagem acessível, com muitas ilustrações para atrair a atenção do público jovem e da população em geral, buscando popularizar os conhecimentos das Geociências abordados.

Os Geoparques podem ser considerados como soluções do Século 21 para geoconservação de áreas relevantes, a partir do seu uso geoturístico e educacional e do comprometimento das populações residentes no território. Os Geoparques da UNESCO são áreas geográficas únicas e unificadas onde os sítios e paisagens com significância internacional e geridos com um conceito holístico de proteção, educação e desenvolvimento sustentável. Possui uma abordagem “de baixo para cima” porque combina conservação com desenvolvimento sustentável e envolvimento das comunidades locais.

O livro “Projeto Geoparque Corumbataí (SP): a relevância do geopatrimônio na valorização do território” será importante elemento a compor a documentação a ser enviada ao Ministério das Relações Exteriores e ao Escritório da UNESCO em Paris, junto ao Conselho Executivo do Programa Mundial de Geoparques UNESCO, para o reconhecimento de mais um Geoparque em território brasileiro, sendo que a inserção da logomarca do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA, como entidade patrocinadora, agrega valor a essa solicitação.

 

O projeto de publicação do livro “Projeto Geoparque Corumbataí (SP): a relevância do geopatrimônio na valorização do território” é uma iniciativa do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – IGCE/UNESP, em parceria com docentes UNESP e da Universidade de São Paulo (USP), com apoio do Consórcio PCJ – Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. O livro conta, ainda, com apoio de outras entidades nacionais como a Federação Brasileira de Geólogos – FEBRAGEO e entidades estaduais de geologia.

Segundo o secretario executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, o Geoparque Corumbataí é um marco na gestão das Bacias dos Rios Piracicaba Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ), onde está inserida a sub-bacia do Corumbataí. “Os Geoparques são uma interessante ferramenta de preservação e conservação e, em nossa região, será o primeiro por bacia hidrográfica, o que exigirá o exercício de interlocuções e negociações com o setor de gerenciamento de recursos hídricos para, também, atender à construção de uma sustentabilidade hídrica regional”, atenta.

História do Projeto Geoparque Corumbataí

Os Geoparques são áreas chanceladas pela Unesco que buscam combinar conservação de sítios paleontológicos, geológicos, culturais e históricos, com desenvolvimento sustentável e envolvimento da população local. O Consórcio PCJ tem discutido nos últimos anos junto à representantes da Unesco sobre a possibilidade de implantação de um geoparque nas Bacias PCJ.

A Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí apresenta características naturais, geológicas, geomorfológicas e paleontológicas que permitem a criação de um Geoparque. Um levantamento preliminar, feito por pesquisadores da Unesp, concluiu que a região possui onze geossítios com alto valor científico (paleontológico, geológico e geomorfológico), amplo uso potencial (científico, educacional, econômico e turístico), além de quatro deles apresentarem valores que permitem serem incorporados aos inventários dos patrimônios geológicos nacional e internacional.

Em 2016, o Consórcio PCJ concluiu um documento preliminar sobre o potencial da região em sediar o Geoparque da Unesco e o entregou a diversos parceiros, entre eles: o ministério público, Fórum de Proteção da Bacia do Rio Corumbataí, a Unesp e a Unicamp.

No mês de junho de 2017, a entidade ao lado dos parceiros na iniciativa preencheu um dossiê de intenção de implantar o Geoparque Corumbataí e o enviou ao setor responsável na Unesco em âmbito mundial sobre o Programa de Geoparques, sediado em Paris, na França, sob a coordenação do Sr. Patrick McKeever. Em julho, McKeever sinalizou positivamente sobre a candidatura, mas indicando algumas correções no documento e atentando para os trâmites burocráticos a serem seguidos.

Desde então, UNESP, Consórcio PCJ, municípios beneficiados com o projeto e demais parceiros, passaram a promover encontros e reuniões para a implantação do Geoparque, que precisa ser solicitado por órgãos do governo Federal junto a UNESCO, em Paris. Na atual fase, o projeto está em viabilização econômica para e constituição de uma Unidade Gestora que ficará responsável pelo Geoparque Corumbataí.

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