Unesco dá sinal verde para a implantação de Geoparque na Bacia do Rio Corumbataí

O Consórcio PCJ recebeu sinalização positiva da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura) para a constituição de um Geoparque na Bacia do Rio Corumbataí, afluente do Rio Piracicaba. Segundo e-mail enviado pela responsável pelo Programa de Geoparques na América Latina, a uruguaia Denise Gorfinkiel, “os documentos enviados pelo Consórcio são muito interessantes e me permitem dizer que área contém características para o estabelecimento de um Geoparque”.
De posse dessa primeira análise, Gorfinkiel enviou ao Consórcio PCJ uma série de documentos com os trâmites necessários a serem seguidos daqui para a frente para a Bacia do Corumbataí receber a certificação de Geoparque Global da Unesco. “Implementar um Geoparque não é fácil e requer muito empenho para constitui-lo de acordo com os estatutos da Unesco”, disse ela ao enviar os documentos.

Um Geoparque é uma área territorial com limites claramente definidos, que inclui um notável património geológico, associado a uma estratégia de desenvolvimento sustentável.Um Geoparque deve possuir um determinado conjunto de sítios de importância internacional, nacional e/ou regional, que permitam contar e aprender a história geológica da região. Os geossítios são locais de interesse geológico com valor científico, estético educacional ou económico. Um geoparque deve também dar destaque à proteção e divulgação dos valores arqueológicos, ecológicos, históricos e culturais da região.

O Consórcio PCJ durante o segundo semestre do ano passado realizou intensa pesquisa em torno do tema. Técnicos da entidade visitaram o Geoparque Araripe, sediado em Crato, no Ceará, o único desse localizado no Brasil. De posse das informações levantadas na visita técnica e somado aos estudos realizados pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro (SP) acerca de geossítios localizados na Bacia do Corumbataí, o Consórcio PCJ formalizou consulta junto à Unesco ao final de 2015 sobre a viabilidade de implantação de um Geoparque na respectiva bacia, que por fim, veio a resposta agora no mês de fevereiro.

Segundo inventário e avaliação do patrimônio natural geológico da região de Rio Claro (SP) existem onze geossítios com valor científico e amplo uso potencial. Destes geossítios, quatro também apresentam potencial para serem incluídos nos inventários nacional e internacional, indo ao encontro da proposta de conservação do patrimônio natural mundial da UNESCO.

Na visão do Consórcio PCJ, o desenvolvimento de atividades voltadas ao turismo geológico e ecoturismo contribuiria para a preservação dos recursos hídricos e meio ambiente da região. Por isso, a entidade está buscando parceiros entre os poderes públicos locais, o poder legislativo e a iniciativa privada para financiar e iniciar a implantação do projeto. Interessados em obter mais informações sobre a iniciativa, devem entrar em contato pelo e-mail assessoria.se@agua.org.br.

 

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