Sistema Adutor Regional nas Bacias PCJ será uma das maiores obras de compartilhamento de água da história da Gestão de Recursos Hídricos de São Paulo

Reunião virtual na última segunda-feira (23) apresentou à prefeitos e lideranças das Bacias PCJ como sistema vai funcionar e levar água das Barragens de Amparo e Pedreira para a região 

 

O Governo de São Paulo, através da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), reuniu prefeitos e lideranças das Bacias PCJ na tarde da última segunda-feira, dia 23, para apresentar mais informações sobre o Sistema Adutor Regional das Bacias PCJ, que irá levar água das represas em construção de Amparo e Pedreira para toda a região, ampliando o número de cidades que serão beneficiadas diretamente com essas obras. A intenção é concluir o estudo do SAR-PCJ em julho de 2023 e, para isso, o Governo pretende contar com o financiamento da CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina. 

Participaram desse encontro o Presidente do Consórcio PCJ e prefeito de Limeira (SP), Mário Botion, o Presidente dos Comitês PCJ e prefeito de Piracicaba (SP), Luciano Almeida, a Presidente da ARES-PCJ e prefeita de Valinhos, Lucimara Godoy, o prefeito de Campinas (SP), Dário Saad, o vereador de Campinas e membro do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ, Luis Carlos Rossini, o Presidente da Fundação Agência das Bacias PCJ, Sérgio Razera, e demais representantes do corpo técnico do Consórcio PCJ, Comitês PCJ e ARES-PCJ. Pelo Governo estadual, estiveram presentes o secretário executivo da SIMA, Luiz Ricardo Santoro, o Superintendente do Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), Francisco Eduardo Loducca, e a gerente socioambiental, Ligia Oliveira, além do arquiteto Tibério Valsecchi Junior do Consórcio CPC, responsável pela construção das barragens. 

Na reunião, o Governo informou que o estudo anterior do SAR-PCJ terá de ser totalmente refeito, já que foi elaborado em 2014, antes da renovação da outorga do Sistema Cantareira, ocorrida em 2017 e que alterou o aspecto original daquele levantamento. 
Segundo Loducca, a proposta do DAEE é iniciar a discussão com as Bacias PCJ ainda nesse segundo semestre, para que os municípios possam participar das decisões sobre traçados e, então, ainda no fim desse ano, abrir a licitação para contratação da empresa que fará os estudos que deverão durar 18 meses. 

“Esta é uma obra que impactará toda a Bacia, alguns municípios diretamente outros indiretamente, mas todos serão beneficiados com a ampliação da oferta hídrica”, disse Santoro. 

O Presidente do Consórcio PCJ deixou a entidade de portas abertas para iniciar o debate com os prefeitos da região a fim de esclarecer a todos sobre a importância do SAR-PCJ e discutir o traçado das adutoras. “É uma obra essencial e estratégica para a nossa região”, atentou Botion. 

A necessidade de esclarecer os novos gestores sobre como essa obra é central para a nossa região foi levantada também pelo presidente dos Comitês PCJ. “Muitos prefeitos estão chegando agora e desconhecem detalhes sobre o sistema e seus impactos”, disse Almeida. 

Os integrantes do Governo de São Paulo, então, propuseram realizar nova reunião para apresentar dados mais precisos e iniciar as oitivas com as lideranças da bacia sobre o SAR-PCJ e possíveis traçados, que irão compor os Termos de Referência para a licitação dos estudos do projeto básico e executivo da obra. 

O prefeito de Campinas, Dario Saad, ofereceu a cidade de Campinas para sediar essa reunião, que poderá ser semipresencial. “Com a construção dos reservatórios de Amparo e Pedreira, a implantação do SAR torna-se praticamente inerente”, comentou. 

Sobre o SAR-PCJ

O Sistema Adutor Regional das Bacias PCJ (SAR-PCJ) é um empreendimento de segurança hídrica associado às barragens Duas Pontes, em Amparo, e Pedreira, que irá distribuir a água desses barramentos para cidades além das calhas dos rios diretamente afetados por eles, ampliando o número de cidades atendidas. 

O estudo anterior do SAR-PCJ indicava que 27 municípios seriam atendidos pela obra, a saber: Americana; Artur Nogueira; Atibaia; Bom Jesus dos Perdões; Campinas; Campo Limpo Paulista; Cosmópolis; Holambra; Hortolândia; Indaiatuba; Itatiba; Itupeva Jaguariúna; Jarinu; Jundiaí; Limeira; Louveira; Monte Mor; Nova Odessa; Paulínia; Pedreira; Salto; Santa Bárbara d’Oeste; Sumaré; Valinhos; Várzea Paulista e Vinhedo. 

Essa alternativa trabalhava com a proposta de distribuição com dois traçados de adutoras: o Tramo Oeste e Tramo Leste, que somam vazões captadas de até 2,3m³/s, total de 5 elevatórias e 88,8 km de adutoras a um custo total de aproximadamente de R$ 391 milhões para a sua implantação. 

Já o custo de operação, a valores correntes, para o período de 2020 a 2045, é de R$ 316,30 milhões, e o custo de manutenção, no mesmo período é de R$ 141,26 milhões, para o SAR-PCJ como um todo (Tramo Leste e Tramo Oeste). Porém, como informado na reunião do dia 23, esse estudo será refeito. 

 

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