Saiba como poderá funcionar o Sistema Adutor Regional das Bacias PCJ (SAR-PCJ)

Mapa do possível traçado do SAR-PCJ, previsto em estudo preliminar de 2018

 

Consideradas como uma das últimas possibilidades de reservação de grande volume de água nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ), as Barragens de Duas Pontes, em Amparo (SP), e Pedreira, na cidade de Pedreira (SP), são obras estratégicas para garantir a ampliação da disponibilidade hídrica e desenvolvimento de toda a região.

Com a conclusão dos dois reservatórios, estudos estimam que a bacia tende a contar com mais 9 m³/s de vazão adicional. Cada m³/s abastece um contingente de 250 mil habitantes, o que faz dessa obra uma importante ação para atender 2,25 milhões de pessoas. Mas, esse total de pessoas atendidas só será efetivamente atingido e para além da bacia em que estão situadas as barragens, ampliando o número cidades atendidas, com a implantação de um sistema que capte a água nelas e a leve para diferentes regiões, através do que está se convencionando ser chamado de Sistema Adutor Regional das Bacias PCJ (SAR-PCJ).

A obra será contratada pelo Governo de São Paulo, tendo como responsável pela sua execução o Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE). O edital para contratação da empresa que fará os estudos básicos e de impacto ambiental deverá ser lançado ainda no primeiro semestre de 2022.

Porém, um estudo preliminar, realizado em 2018, levando-se em conta a nova outorga do Sistema Cantareira e análises técnica, econômica e ambiental, atentou para a viabilidade da obra e sobre os possíveis traçados do SAR-PCJ, com potencial de atender até 27 cidades. Abaixo, detalhamos as informações desse levantamento inicial para facilitar o entendimento dos municípios e empresas associados sobre a importância do SAR-PCJ e como essa obra poderá impactar a disponibilidade hídrica da região. No entanto, é importante alertar que os dados a seguir ainda terão de ser reavaliados e confirmados com a contratação do projeto básico, pelo DAEE.

Qual o tamanho da obra?

O SAR-PCJ poderá contar com 88,8 km de extensão e cinco elevatórias, divididos em dois tramos: o Leste e o Oeste, que somam vazões de 2,3 m³/s.

Quais podem ser os municípios atendidos?

O estudo de 2018 indicava que 27 municípios seriam atendidos pela obra: Americana; Artur Nogueira; Atibaia; Bom Jesus dos Perdões; Campinas; Campo Limpo Paulista; Cosmópolis; Holambra; Hortolândia; Indaiatuba; Itatiba; Itupeva Jaguariúna; Jarinu; Jundiaí; Limeira; Louveira; Monte Mor; Nova Odessa; Paulínia; Pedreira; Salto; Santa Bárbara d’Oeste; Sumaré; Valinhos; Várzea Paulista e Vinhedo.

Para se atingir todas essas cidades, o traçado proposto leva em consideração a operação conjunta dos Reservatórios de Pedreira e Duas Pontes, junto do Sistema Cantareira e com as vazões do SAR-PCJ.

Qual o custo previsto para a realização da obra?

O levantamento inicial apontava que a obra deve custar em torno de R$ 391 milhões para implantação dos dois tramos.

Quanto irá custar a manutenção e operação do SAR-PCJ?

O custo de operação, a valores correntes, para o período de 2020 a 2045, é de R$ 316,30 milhões, e o custo de manutenção, no mesmo período é de R$ 141,26 milhões, para o SAR-PCJ como um todo (Tramo Leste e Tramo Oeste). O custo total será de R$ 457,5 milhões de reais.

Já está definido quem será responsável pela operação e manutenção do sistema?

Não. O Governo do Estado irá construir o SAR-PCJ, mas, ainda não apresentou quem ficará responsável pela operação e manutenção do sistema. O tema tem sido debatido entre os municípios das Bacias PCJ e sugestões poderão ser encaminhadas ao DAEE.

Os reservatórios em Amparo e Pedreira, dependem da implantação do SAR-PCJ para serem concluídos?

Não. As duas barragens já estão em construção e segundo o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos Penido, em entrevista à Rádio CBN-Campinas, no início de janeiro, afirmou que ambas serão concluídas ao final de 2022 e o Estado espera que no próximo ano os reservatórios já possam ser enchidos para o uso da população. Esses reservatórios beneficiarão diretamente os municípios de Pedreira, Jaguariúna, Holambra, Paulínia, Cosmópolis, Limeira, Americana e Piracicaba, localizados na própria calha desses mananciais. A implantação do SAR-PCJ em conjunto com essas obras, tende a ampliar os municípios e empresas que serão atendidos pelas barragens para além da Bacia do Jaguari e Camanducaia, onde estão situados os dois reservatórios.

O traçado do SAR-PCJ já está definido?

Não. O estudo de 2018 apontou possíveis trajetos e custos para o SAR-PCJ, porém, esses dados terão de ser revisados e confirmados com o projeto básico, a ser contratado pelo DAEE, em 2022. Enquanto isso, o Consórcio PCJ e parceiros, tem fomentado o debate sobre o tema para que o posicionamento da bacia, com propostas e sugestões, seja levado até o DAEE e o Governo de São Paulo.

Como posso participar dos debates sobre a implantação do SAR-PCJ?

O Consórcio PCJ tem promovido encontros de esclarecimentos entre municípios e empresas da região que poderão ser impactados pela obra. Fique atento ao nosso calendário de eventos no site www.agua.org.br ou solicite mais informações pelo e-mail assessoria.se@agua.org.br.

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