O Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC) elogiou iniciativa do Consórcio PCJ em tentar desburocratizar os processos de outorga e licenciamento ambientais para desassoreamentos de reservatórios e rios das Bacias PCJ, como forma de ampliar a segurança hídrica da região. A reunião foi realizada em Jaguariúna (SP), no último dia 15, e organizada pela Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp).
O objetivo do Consórcio PCJ é agilizar essas ações nos municípios para que os mesmos possam realizar as obras durante a estiagem, que ocorre entre os meses de abril e setembro, otimizando dessa forma a capacidade de reservar água das represas municipais. Representando a entidade, participaram da Reunião da RMC o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, e o assessor técnico, Flávio Forti Stenico.
Os prefeitos membros do Conselho da RMC informaram que enviaram moção de apoio à iniciativa do Consórcio PCJ à Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, a CETESB e ao DAEE.
O Conselho da RMC debateu também sobre as fortes tempestades na região e o encontro entre os representantes dos municípios foi aberto pelo presidente do Conselho e prefeito de Itatiba (SP), João Fattori, e pela diretora executiva da Agemcamp, Ester Viana.
O coordenador regional da Defesa Civil, Sidnei Furtado, apresentou fotos e comentou detalhes dos danos do temporal que atingiu Campinas e algumas cidades da região na madrugada do dia 5 de junho.
De acordo com Sidnei Furtado o episódio foi atípico. “Quero ressaltar a capacidade de resposta de Campinas, que no dia seguinte já estava mobilizada para desobstruir as vias. Também é importante discutirmos na RMC sobre os instrumentos legais que estabelecem critérios para decretação de estado de emergência ou de calamidade pública”, explicou Furtado.
A meteorologista do Centro de Pesquisas Aplicadas à Agricultora (Cepagri), Ana Ávila, apresentou o projeto de pesquisa SOS Chuva, que tem como objetivo implantar em Campinas um tipo de radar com capacidade para registrar a chegada de fortes tempestades em menor espaço de tempo.
Ao final da reunião, ficou decidido que as prefeituras das cidades que integram a RMC vão investir R$ 3,6 milhões em ações para a redução e gerenciamento de desastres.