O município consorciado de Rio Claro (SP) inaugurou no dia 18 de junho estação de tratamento de chorume (líquido escuro com alta carga poluidora proveniente de matérias orgânicas em putrefação e encontrado em aterros sanitários). A inauguração contou com a presença do prefeito municipal e vice-presidente do Programa de Integração Regional do Consórcio PCJ, Palmínio Altimari Filho, o presidente do Conselho Fiscal da entidade, Júlio Lopes, o gerente técnico Alexandre Vilella e o coordenador de projetos, Guilherme Valarini.
A implantação da estação demandou investimentos na ordem de R$ 2,5 milhões e terá capacidade para tratar até 1.500 metros cúbicos mensais. A expectativa da prefeitura é tratar 600 metros cúbicos por mês provenientes do aterro em Rio Claro, o que abre a possibilidade de tratar o chorume de aterros de outros municípios da região.
“Rio Claro está redobrando esforços para preservar o meio ambiente e está pensando o desenvolvimento dentro de uma dinâmica regional”, atentou o prefeito e vice-presidente do Consórcio PCJ, Du Altimari. Ele ainda externou a preocupação com a qualidade da água na nossa região. “Esta é mais uma medida que reforça a política ambiental de cuidar para que nossos rios e solos não sejam poluídos”, discursou Altimari durante a Inauguração.
O processo de tratamento do chorume é muito importante para o meio ambiente. Caso não seja tratado, ele pode atingir lençóis freáticos, rios e córregos levando a contaminação para esses recursos hídricos. Neste caso, os peixes podem ser contaminados e, caso a água seja usada na irrigação agrícola, a contaminação pode chegar aos alimentos (frutas, verduras e legumes, etc). Em função da grande quantidade de matéria orgânica presente no chorume, este costuma atrair moscas que também pode trazer doenças aos seres humanos.
Segundo a prefeitura, a estação é primeira de tratamento de chorume implantada dentro de um aterro no interior do Estado de São Paulo. O empreendimento também é o único do país classificado na ISO 9000 no setor público. O chorume será tratado e poderá até ser convertido em água de reuso que, em primeiro momento, pode ser utilizada para molhar grama e em estradas, por exemplo. Depois de um ano é possível obter permissão da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) para descartar essa água em rios e córregos.
A vice-prefeita e secretária de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente, Olga Salomão, lembrou que os cuidados de Rio Claro com o meio ambiente vêm se multiplicando. “Implantamos e vamos ampliar os ecopontos no município, estamos realizando a operação catabagulho, adquirimos área para ampliação do aterro sanitário, enviamos projeto de nova vala industrial à CETESB e agora damos mais um importante passo em termos de infraestrutura garantindo o tratamento de chorume no próprio aterro”, salientou.
Também estiveram presentes à inauguração Superintentende do DAAE Rio Claro, Geraldo Gonçalves, diversos vereadores e representantes de serviços de água da região, além de representantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente (CONDEMA), organizações não governamentais (ONG) e a imprensa local.
Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ