Presidente do Consórcio PCJ destaca a necessidade de ampliar a atenção aos eventos hidrológicos extremos

A preocupação com os impactos das mudanças climáticas na gestão da água foi externado pelo Presidente do Consórcio PCJ e prefeito de Nova Odessa (SP), Benjamim Bill Vieira de Souza, durante cerimônia de abertura do Encontro de Organismos de Bacias da América Latina, ocorrido na última quarta-feira, dia 21, na cidade de Florianópolis (SC).
Em seu discurso, Bill destacou que a união entre poder público, comunidade, setor industrial, agricultura e Organizações Não Governamentais (ONGs) é fundamental para combater os reflexos das mudanças climáticas sentidas nas bacias hidrográficas por meio da ocorrência de eventos hidrológicos extremos. “Nós do poder público temos a obrigação de captanear as mudanças necessárias e sermos mobilizadores dos demais atores nessa nova cultura de trato com água”, disse.

O Presidente do Consórcio PCJ pontuou ainda sobre a necessidade de mudança na visão política sobre o tema água. “Os políticos, que são aqueles com o papel de fomentar, criar e alterar a legislação tenham a real consciência que se encontra a temática da água e assim pratiquem as mudanças necessárias para assegurar água de qualidade e em quantidade para o presente e para as futuras gerações”, atentou Bill.

A abertura do encontro contou também com a presença de Juliana Proite, da Unesco, do Diretor de Recursos Hídricos do Estado de Santa Catarina, Bruno Henrique Beilfuss, do presidente da Rede Brasil de Organismos de Bacias (REBOB), Lupércio Ziroldo, e do diretor presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu.

Os eventos extremos também foi o tema central da fala de abertura do evento do diretor presidente da ANA. “Nós não temos os instrumentos necessários para interpretar adequadamente desses  fenômenos e fazer a gestão dos recursos hídricos, oferecendo segurança hídrica para nossas populações”, afirmou.

Segundo Andreu, a gestão não deveria considerar apenas as médias históricas de precipitações, pois elas não estão conseguindo refletir os reais impactos da ocorrência dos eventos extremos. A visão do diretor presidente da ANA, o futuro que se desenha teremos cada vez mais chuvas extremas e secas igualmente severas, sem alterar de forma exagerada as médias históricas, o que não quer dizer que a comunidade não será impactada com esse novo comportamento climático.

“É fundamental que a gente traga o debate das mudanças climáticas como um elemento importantíssimo para a gestão de recursos hídricos como também para questionar nossos instrumentos de gestão. Para isso apostar mais no conhecimento, inclusive de outras partes do mundo para que possamos formar um novo conhecimento em termos globais e possamos em última instância oferecer segurança hídrica às pessoas”, comentou Andreu.

O presidente da REBOB, atentou sobre a realização do 8º Fórum Mundial da Água no Brasil que, segundo ele, será um momento de grande responsabilidade para o país como também para as nações vizinhas, já que será a primeira vez que o hemisfério Sul recebe tão importante evento. “Teremos a oportunidade de discutir e debater para que tenhamos avanços. A América Latina detém 5% da população mundial, no entanto, detém 25% da água doce do planeta. Precisamos cuidar de nossas águas de uma maneira clara e efetiva que traga resultados e esse é o grande trabalho que os organismos de Bacias vem executando ao longo deste tempo”, disse Ziroldo.

O evento seguirá com atividades e debates até a próxima sexta-feira, dia 23, quando também será realizada a Assembleia da Rede Latino Americana de Organismos de Bacias (RELOB), com representantes de diversos países e a eleição da nova diretoria da rede.

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