Coordenadores das regiões Ásia-Pacífico, Mediterrâneo, América e África se reuniram para discutir e identificar ações prioritárias relacionadas à crise da água em níveis local e regional, incluindo a determinação do escopo das regiões.
A reunião foi parte da sessão do Processo Regional do 10º Fórum Mundial da Água, realizada no Centro de Convenção Nusa Dua de Bali (BNDCC) na quinta-feira, 23 de maio.
Nesta sessão, cada coordenador das quatro regiões compartilhou os resultados de um ano de discussões e disseminou ideias reais para enfrentar os desafios regionais relacionados à água.
O fórum também proporcionou uma compreensão dos aspectos comuns de prioridade relacionados à água, que muitas vezes variam de uma região para outra.
O processo regional foi destacado pelo presidente do Conselho Mundial da Água, Loïc Fauchon, durante a abertura na terça-feira, 21 de maio. Ele enfatizou a importância dos processos regionais e seu papel significativo nas discussões mais amplas sobre a água ao longo da semana.
Os palestrantes presentes na sessão incluíram Alain Meyssonnier, presidente do Instituto Mediterrâneo da Água (IME); Benedito Braga, CEO da Sabesp; Rashid Mbaziira, secretário executivo do Conselho de Ministros Africanos para a Água (AMCOW); Changhua Wu, presidente do Conselho Governante do Fórum da Água Ásia-Pacífico (APWF); e Eelco Van Beek do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB).
Loïc afirmou que todas as sessões do processo regional devem ser utilizadas para colaborar e encontrar as melhores soluções para questões relacionadas à água, enfrentando desafios hídricos dentro de cada região e entre regiões interconectadas.
“O espírito de colaboração não só serve como uma base sólida para a gestão sustentável da água no futuro, mas também desempenha um papel crucial no sucesso da gestão da água em cada região”, disse ele.
O 10º Fórum Mundial da Água produziu uma Declaração Ministerial de quatro pontos, que foi adotada ao final da Reunião de Nível Ministerial na terça-feira, 21 de maio. A declaração contou com a participação de 106 países e 27 organizações internacionais.
Primeiramente, o estabelecimento de um Centro de Excelência para resiliência climática e hídrica para desenvolver capacidade, compartilhamento de conhecimento e a utilização de instalações superiores.
Em segundo lugar, a Declaração Ministerial destaca a promoção e ênfase na gestão integrada de recursos hídricos em pequenas ilhas. Embora cercada por vastas massas de água, a Indonésia ainda necessita de sistemas de gestão eficazes para enfrentar os desafios da qualidade e disponibilidade da água.
Em terceiro lugar, a proposta de um Dia Mundial dos Lagos para aumentar a conscientização sobre a importância dos lagos como fonte de abastecimento de água que sustenta a vida humana e serve a importantes funções sociais e econômicas. O Dia Mundial dos Lagos não deve ser meramente simbólico, mas servir como um componente chave na preservação dos lagos em todo o mundo.
Fonte: World Water Forum