Dados da sala de situação PCJ mostram que Sistema Cantareira opera em faixa de “atenção”
Elaborado mensalmente pela equipe técnica do Consórcio PCJ, o mais recente boletim hidrológico da entidade mostra que as chuvas no mês de setembro se enquadraram 82% abaixo da média, que é de 55,6 mm. Dados da Sala de Situação PCJ afirmam também que mês passado, assim como nos meses anteriores do ano, as vazões dos rios permaneceram abaixo da média histórica.
Vale destacar o Rio Jaguari, em Cosmópolis, e o Rio Camanducaia, em Jaguariúna, que registraram vazões na ordem de 82% e 67% abaixo do esperado, respectivamente. O Rio Jaguari, em Cosmópolis, registrou vazão média de 4,2 m³/s em comparação com a média histórica de 23,4 m³/s para o mês de setembro.
O Sistema Cantareira apresentou uma maior redução em seu volume útil total em comparação ao mês anterior, operando ao término de setembro, com 50,9% de volume armazenado, sendo assim, para este mês de outubro, o Sistema Cantareira opera na condição de “Atenção”, quando o volume é menor ou igual à 60%.
É importante ressaltar que o Sistema Cantareira iniciou o processo de redução de volumes em maio, uma vez que no fim de abril estava com seu maior volume do ano: 85,7%. O documento também evidencia que os meses de abril e junho praticamente não registraram chuvas no Sistema Cantareira, sendo o pior cenário o mês de junho.
Desde então, o volume útil do Sistema Cantareira vem baixando gradativamente ao longo da estiagem, quando saiu de 78,0% ao final de março para 50,9% ao final de setembro, valor esse, já inferior ao menor volume observado no ano passado, quando em setembro de 2023 o Cantareira registrou 67,4%.
O Consórcio PCJ permanece com a recomendação aos municípios e empresas associadas para investirem em planos de contingenciamento para secas e eventos extremos, além de investimentos em sistemas de aproveitamento de água de chuva e reuso da água, como por exemplo, a construção de bacias de retenção, cisternas, reservatórios, piscinões ecológicos, dentre outras tecnologias. A estiagem em 2024 tende a ser mais intensa devido ao fenômeno climático “La Niña”, que deve reduzir os volumes de precipitação na região.
Para acessar o boletim na íntegra: Boletim Hidrológico – Setembro 2024