No Dia Mundial do Meio Ambiente, Webinar do Consórcio PCJ ressalta importância da água de reúso para a sustentabilidade

“O reúso da água é uma ótima ferramenta para alcançar a sustentabilidade”, atentou a Engenheira Coordenadora do Setor de Tratamento de Esgoto da Sanasa/Campinas, Renata de Gasperi, no início de sua apresentação, durante o Webinar “Potenciais de Mercado de Água de Reúso”, promovido pelo Consórcio PCJ na última sexta-feira, dia 05 de junho, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. O encontro contou ainda com as participações da Superintendente Adjunta do SAAE de Indaiatuba, Vanessa Kühl; do Coordenador da Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água na Indústria (CT-Indústria) dos Comitês PCJ, Jorge Mercanti; e mediação do Assessor da Secretaria Executiva do Consórcio PCJ, Flávio Forti Stenico.

Durante a apresentação, Renata destacou o trabalho realizado pela Estação de Produção de Água de Reúso (EPAR Capivari II), com relação à oferta da água de reúso a partir do tratamento terciário do esgoto. Segundo ela, a Sanasa tem buscado parcerias com potenciais clientes industriais para reduzir o consumo de água potável e ampliar a disponibilidade hídrica da região, além de investimentos para melhorar a qualidade do recurso. “Os efluentes são tratados por meio de avançada tecnologia, que garante 99% de grau de pureza. A EPAR Capivari é um modelo eficiente e que produz uma água isenta de colóides, bactérias e microorganismos, sem que haja necessidade de um agente desinfetante químico para concluir o trabalho. É um modelo que incentiva a sustentabilidade”, pontuou.

Renata lembrou ainda que, em breve, será inaugurada uma Estação Produtora de Água de Reúso (EPAR) dentro da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Boa Vista. “Esta nova unidade vai ser aliada ao trabalho que já temos. Similar a EPAR Capivari II, ela será responsável por promover água de reúso com grande qualidade e terá potencial para distribuir este recurso para cidades como Sumaré, Paulínia, por exemplo”, explicou ela.

Ao tomar a palavra, Vanessa Kuhl abordou a questão do fornecimento de água de reúso pelo SAAE Indaiatuba através da Estação de Produção de Água de Reúso (EPAR) de Indaiatuba. Segundo ela, a última crise hídrica foi o que motivou a autarquia a buscar novas formas de garantir o abastecimento. “Os eventos da crise hídrica de 2014 nos motivou ainda mais a encontrar estratégias para garantir a prestação de serviço à população. A água de reúso foi uma estratégia que atenderia não só os interesses econômicos como os ambientais, já que estimularia a redução de consumo de água potável nos polos industriais principalmente”, disse a Superintendente Adjunta do SAAE de Indaiatuba.

De acordo com ela, a estação visa inicialmente fornecer água de reúso ao Distrito Industrial de Indaiatuba. O valor da tarifa cobrada foi definido em conjunto com a Agência Reguladora – ARES PCJ. “Esta água de reúso é distribuída com uma tarifa 70% inferior à tarifa da água potável. Por estarmos bem próximos do polo industrial os clientes serão facilmente atendidos e a nossa meta é realizar as entregas de porta a porta. A tarifa da água de reúso está nesse modo piloto, quando formos para os investimentos da próxima fase pode ser que tenhamos que revê-la junto a ARES-PCJ. Mas é de nosso interesse manter esse preço para podermos aumentar inclusive a escala de fornecimento”, afirmou.

O Coordenador da CT-Indústria, Jorge Mercanti realizou uma apresentação sobre o termo de referência elaborado, no âmbito do Comitê de Bacias, para contratação de estudo sobre a viabilidade do reúso de efluentes de Estações de Tratamento de Esgotos para atendimento do setor industrial nas Bacias PCJ. De acordo com Mercanti, o estudo deverá estabelecer em quais distritos industriais o reúso seria viável. “O estudo será feito para ver de que forma poderemos aproveitar este alto potencial que temos de produção na região. Temos que levar em consideração que a demanda hídrica é otimizada por alguns fatores como disponibilidade hídrica, qualidade dos mananciais, normas e legislações e pela tecnologia disponível. O reúso é sempre uma vantagem do ponto de vista ambiental”, disse ele.

A aprovação final pela CT-Indústria está prevista para ser realizada em reunião ordinária no dia 12 de agosto deste ano.

O Secretário Executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, encerrou o Webinar comentando o papel essencial que o Consórcio PCJ realiza em prol da comunidade, desde a sua fundação em 1989. “O Consórcio PCJ sempre foi uma incubadora de novos projetos e que trabalha com o fomento, planejamento e sensibilização. Nós nos colocamos à disposição para sermos um ente articulador no amplo movimento do Brasil para discutir e viabilizar a água de reúso. Vamos transformar esse webinar em uma semente para viabilizar o reúso para todo o país”, atentou.

O Webinar “Potenciais de Mercado de Água de Reúso” está disponível no canal do Consórcio PCJ no Youtube. O link de acesso é: https://youtu.be/ZbPFp2fo9pY

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