Os municípios associados de Campinas, Limeira e Piracicaba aparecem entre as 20 melhores cidades com Saneamento Básico no Brasil, de acordo com o Ranking elaborado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados. Outro município que figura nas primeiras posições é Jundiaí, operado pela empresa associada Dae Jundiaí.
O estudo analisou 100 maiores cidades do país, e colocou Limeira como o associado melhor colocado, na 6ª posição. Um pouquinho mais atrás, vem Jundiaí na 15ª posição, seguida por Campinas e Piracicaba, que figuram na 16º e 17ª posições, respectivamente.
Piracicaba ficou entre as 10 melhores cidades no índice de coleta de esgoto, com 99,95% da população com acesso a esse serviço. Jundiaí, Limeira e Piracicaba aparecem entre os seis únicos municípios que tratam 100% do esgoto coletado.
Limeira e Campinas figuram entre as 10 cidades com menores índices de perdas de faturamento total, que é o índice que aponta a quantidade de água potável produzida que não foi faturada, seja por furto, vazamentos, entre outros. Limeira, aliás, é citado como o município com menor índice de perdas do Brasil, com 15,94%, e Campinas aparece na 6ª colocação com o índice de 20,79%.
O desempenho dos associados reflete as ações e capacitações que o Consórcio PCJ tem promovido ao longo de seus 27 anos de história. A entidade mantém de forma constante o Programa de Saneamento e Racionalização, que possui dois grupos técnicos: o de Perdas e o de Eventos Extremos. A entidade promove periodicamente encontros sobre essa temática buscando a integração de municípios e serviços de abastecimento de várias localidades, com o objetivo de troca de experiências e aprimoramentos técnicos. O Consórcio PCJ também auxilia os associados sobre projetos, captação de recursos e apoio técnico em obras ligadas ao saneamento básico.
Essas ações ao lado de iniciativas em parceria com outras entidades do setor possibilitaram grandes avanços nas Bacias PCJ, como a coleta de esgoto que passa de 90%, sendo que deste efluente coletado, 72% passa por tratamento antes de ser descartado no meio ambiente. As perdas de água, que quando o Consórcio PCJ foi fundado passavam de 50%, hoje estão abaixo de 37%. Esses avanços permitiram algo inédito na gestão dos recursos hídricos nacional, que foi o reenquadramento do Rio Jundiaí, que passou de classe 4 para 3, configurando-se como o único rio brasileiro a ter sua classe modificada devido às iniciativas de despoluição.
Mais dados do estudo do Instituto Trata Brasil
O Ranking divulgado pelo Instituto Trata Brasil aponta ainda que mais da metade da população brasileira (50,3%) possui coleta de esgoto, porém, apenas 42% dele é tratado. Segundo o Instituto, isso aponta que os investimentos não foram suficientes para atender toda população, considerando também que no país ainda há um número alto de brasileiros sem acesso à água tratada, totalizando 34 milhões de pessoas.
Paralelamente ao Ranking do Saneamento desse ano, o Instituto Trata Brasil elaborou um diagnóstico de algumas doenças de veiculação hídrica – diarreia, dengue e leptospirose – nas 10 melhores e 10 piores cidades em saneamento, com base nas classificações do Ranking 2017. O estudo foi feito em parceria com a Reinfra Consultoria e contou com a participação de especialistas colaboradores, como o Dr. Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti (Professor Adjunto II do Dept de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade do Ceará) e Dr. Marcos Lopes (Professor Associado II do Dept. de Enfermagem na Universidade Federal do Ceará, além de Pesquisador nível 1B do Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq). O diagnóstico fez comparações entre a incidência de casos de doenças nas melhores cidades e as piores como forma de mostrar que um melhor acesso aos serviços de água e esgotos realmente afasta da população grande parte das doenças de veiculação hídrica.
Para acessar o estudo completo, acesse:
http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/estudos/ranking/2017/relatorio-completo.pdf
Os números utilizados no estudo foram do Ministério das Cidades, que utilizou 2015 como ano base para as pesquisas.