Meteorologista apresenta expectativas sobre próximo período chuvoso às Empresas Associadas ao Consórcio PCJ

No último dia 30 de julho, o Consórcio PCJ promoveu encontro do Grupo das Empresas Associadas, na sede da Empresa Ypê, em Amparo (SP). Na reunião, Ana Maria H. de Ávila, meteorologista do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura (Cepagri), explanou sobre o comportamento climático atual e as expectativas para o próximo período chuvoso.
Segundo Ana, a ocorrência do El niño – fenômeno climático que aquece as águas do oceano pacífico e altera o clima no hemisfério sul – está sendo de intensidade moderada a forte em 2015, o que tem causado enchentes no sul do Brasil, além de ter gerado chuvas extemporâneas em algumas partes da região sudeste, como nas Bacias PCJ.

“Uma das características do fenômeno El Niño é intensificar as precipitações no Sul do Brasil, mas essas chuvas pouco chegam ao Sudeste, que ficam com as temperaturas um pouco elevadas para essa época”, explicou Ana.

A pesquisadora do Cepagri ainda comentou sobre a possibilidade desse fenômeno climático trazer de volta as chuvas para as Bacias PCJ. “Não há garantias que vamos ter o retorno das chuvas por causa do El Niño, ele não tem efeito determinante para as precipitações em nossa região”.

Ana disse, também, que até o final desse século a temperatura no planeta Terra tende a aumentar em mais 2°C, o que intensificará a ocorrência de eventos climáticos extremos. “Estamos passando por um momento de ocorrência de eventos extremos, mas não é possível associar isso às mudanças climáticas. Os modelos indicam para maior incidência desses eventos, portanto, precisamos aprender a conviver com a incerteza climática”, alertou.

Ypê destaca suas ações de gestão da água

A empresa associada Ypê foi a anfitriã do encontro do Grupo das Empresas do Consórcio PCJ e apresentou iniciativas para a utilização racional da água, que trazem grande redução de consumo de suas unidades.

A empresa iniciou a captação de água de chuva no início da década de 1980, quando não havia legislação sobre o tema, ainda. Essa iniciativa permite, por exemplo, que unidades como em Salto (SP), tenha reduzido o consumo de água em 2014 em 33%. Na unidade de Anápolis (GO) a redução foi de 19%, em Simões Filho (BA) a redução foi de 10% e, em Amparo (SP), na sede da empresa, nos últimos quatro anos, houve um aumento de 6% na produção, mas redução de 8% da captação água do rio Camanducaia.

Os telhados dos prédios da planta de Amparo captam água da chuva que permitem armazenar água suficiente para abastecer uma cidade de 20 mil habitantes por 30 dias, tendo como base o consumo de 110 litros habitante/dia, preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Para a Ypê, a atividade socioambiental é um ideal da empresa. “Nunca tinha visto o Rio Camanducaia – que passa ao lado da planta da empresa, em Amparo – tendo uma vazão abaixo de 1m³/s, temos responsabilidade com a gestão dos recursos hídricos, pois, para nós é um valor”, pontuou o presidente do Conselho da Ypê, Jorge Beira.

 

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