Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ), em parceria com a Petrobras/REPLAN, está promovendo encontros para discutir os “Eventos Hidrológicos Extremos” na região das Bacias PCJ. Já foi realizado dois, dos quatro eventos programados para ocorrer entre os meses de maio e junho, um no município de Piracicaba e outro em Capivari, respectivamente. O terceiro encontro acontecerá na cidade de Jundiaí, na próxima quinta-feira, dia 21 de maio, a partir das 8h, no auditório da DAE Jundiaí, e discutirá sobre o tema: “Desenvolvimento Urbano e as Questões Hídricas”.
A iniciativa conta com o apoio da Iandé – Educação e Sustentabilidade, Comitês PCJ, OCA Laboratório de Política e Educação Ambiental da ESALQ e do Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão em Conservação e Educação (NACE – PTECA ESALQ USP).
O primeiro encontro, ocorrido em Piracicaba, no dia 7 de maio, teve como tema central de discussão as “Políticas Públicas no Contexto dos Eventos Extremos” e contou com mais de 60 participantes, dentre eles educadores, alunos e autoridades. A abertura dos trabalhos contou com as presenças do secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, e do prefeito municipal de Piracicaba e presidente dos Comitês PCJ, Gabriel Ferrato, que expôs a necessidade de se discutir soluções para os eventos extremos, que segundo ele, vieram para ficar.
O Professor Doutor da ESALQ/USP, Marcos Sorrentino, foi o moderador da mesa temática que contou com a participação dos palestrantes, Sidnei Furtado, Diretor Regional da Defesa Civil de Campinas, do morador de Itu e representante da entidade não governamental “Caminho das Águas”, Carlos Diego, o coordenador de Sistema de Informações da Agência das Bacias PCJ, Eduardo Léo e o ex-prefeito de Piracicaba e representante da CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), José Machado, que fez uma explicação breve sobre a Política Nacional de Recursos Hídricos.
O segundo encontro, realizado em Capivari, cujo tema central foi “Agricultura, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas”, teve como moderador das discussões o professor da ESALQ/USP, Marcos Folegatti, que iniciou as atividades falando da importância do trabalho que vem sendo feito pelo Consórcio PCJ em parceira com os Comitês PCJ, para lidar com a atual e baixa disponibilidade hídrica da região. Em seguida, o Diretor da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) – Regional de Piracicaba, Sérgio Diehl, falou sobre a necessidade de unir as questões ambientais, sociais e econômicas para poder promover o desenvolvimento sustentável.
Em seguida, o evento contou com as palestras da meteorologista e Diretora Associada do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura (Cepagri), Ana Maria Avilla, do biólogo do Laboratório de Ictiologia da UNESP, Gabriel Brejão e da Engenheira Florestal, Carolina Rodrigues, que de maneira didática explicou a importância da agricultura para proteger a mata ciliar e como consequência conservar os Recursos Hídricos.
Na próxima quinta-feira, em Jundiaí, a proposta é que esses encontros realizados, sirvam de base para a mesa de palestras e discussões. Com o tema “Desenvolvimento Urbano e as Questões Hídricas”, o evento irá trazer para palestrar o Gerente da Agência Ambiental de Jundiaí, Domenico Tremaroli, o Engenheiro Agrônomo, Fabrício de Campos, a representante da Sala de Situação das Bacias PCJ, Isis Franco, o coordenador da Câmara Técnica Indústria dos Comitês PCJ, Jorge Mercanti, e terá como moderador o professor e doutor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), José Teixeira Filho.
As inscrições são gratuitas e abertas ao público em geral, podendo serem feitas pelo link: http://goo.gl/forms/x5DDWvCKeE.
O último encontro acontecerá novamente na cidade de Piracicaba, no dia 25 de junho. Para mais detalhes sobre os eventos e a programação completa acesse a página do Facebook, criada exclusivamente para os encontros clicando aqui, e o site do Consórcio PCJ (www.agua.org.br).
O propósito dos encontros é informar e situar os participantes sobre a realidade dos eventos extremos nas Bacias PCJ e construir um plano de ação para a prevenção e superação desses fenômenos climáticos, além de potencializar a divulgação das ações e informações geradas do comportamento hidrológico feito pela Sala de Situação dos Comitês PCJ e organismos gestores.
Os eventos extremos estão se tornando cada vez mais rotineiros e intensos, as chuvas de 2014 e 2015 não conseguiram carregar em 100% as nascentes das Bacias PCJ. Prova disso é que mesmo com as chuvas acima da média histórica nos meses de fevereiro e março de 2015, as vazões dos rios nas Bacias PCJ estão abaixo da média para o período. Em 2014, que é considerado a estiagem mais severa dos últimos 90 anos, os rios das Bacias PCJ apresentaram recordes de baixas vazões, o Rio Piracicaba, por exemplo, que nessa época mais seca do ano, costuma apresentar vazões de 40 m³/s, chegou apresentar 4 m³/s, durante o mês de agosto, a menor vazão já registrada. O Rio Atibaia, próximo à captação de Valinhos e Campinas, teve momentos de vazões de 3 m³/s, quando o natural seria no mínimo 15 m³/s.