Grupo das Empresas do Consórcio PCJ discute planos de contingências

10/10/2011

Empresas da região se reuniram no último dia quatro de outubro, na sede da Petrobras/Replan, em Paulínia, para trocarem experiências sobre o tema “Eventos Extremos e Planos de Contingência”. Este foi o quarto encontro técnico do Grupo das Empresas no ano,  promovido pelo Consórcio PCJ . Participaram da ocasião representantes de empresas consorciadas e não consorciadas.

Foram apresentados três cases. A Petrobras/Replan abordou o simulado de emergência sobre vazamento de óleo no rio Atibaia, a Evironmental Resources Management (ERM) apresentou sobre as diretrizes para elaboração de planos de contingência e o Instituto Tecnológico SIMEPAR falou sobre monitoramento hidrometeorológico.

O simulado de vazamento de óleo realizado pela Petrobras/Replan prevê ações de contingência em cinco pontos de atuação após o local do vazamento, incluindo áreas de proteção e de captação de água. A refinaria em Paulínia possui 200 pessoas envolvidas na ação com capacidade de atuar em até três pontos, os mais críticos. Para os demais é acionado o apoio de equipes de outras unidades da Petrobras.

Os oleodutos são operados pela empresa Transpetro, porém, existe um plano de cooperação cujo plano emergencial é compartilhado. A Petrobras dá o primeiro atendimento à ocorrência para depois a Transpetro assumir a emergência.

No último evento dessa natureza realizado pela Petrobras/Replan,  foi simulado o vazamento de 120 m3 de óleo no rio Atibaia por meio de bolas plásticas. Com o simulador identificou-se que o óleo leva 9h para chagar até o ponto 4, onde fica a captação de água do município de Sumaré, município de 250 mil habitantes.

Toda a decisão que é tomada ou não numa ação dessas é feita em conjunto com os órgãos ambientais e o poder público. Segundo a empresa, a nota de avaliação do simulado ficou como ótimo, tendo de 80 a 90% de atendimento dos quesitos dessa análise cumpridos.

Na apresentação da ERM, Felipe Jimenez, atentou para as mudanças climáticas e os impactos dos eventos extremos no planejamento e do dia a dia das empresas. Durante a palestra foi levantado a informação de maior incidência de pequenos tornados na região.  Para o consultor técnico da Gerência de Meio Ambiente da Petrobrás/Replan, Jorge Mercanti, é importante investir em equipamentos de radares melhores, para uma maior precisão no monitoramento climático. “Precisamos de um equipamento aqui na nossa região, bom mesmo, melhor que o radar da regional de Bauru”, disse ele.

“Estabelecer processos para assegurar que os sinais identificados sejam gerios de forma eficaz e que seus efeitos sejam minimizados ao máximo”, acrescentou Jimenez.

O representante da ERM também lembrou da necessidade de qualificação técnica dos profissionais envolvidos com planos de contingência. “Falta treinamento de pessoal para atendimento”.

Para o representante da empresa PPG, Ivan P. Rigoletto, o debate sobre a sustentabilidade está indo por caminho equivocado. “Estamos discutindo sobre sacolinhas plásticas e deixando de lado assuntos essenciais como a concentração de ozônio e a falta de água, é preciso mudar essa percepção minimalista”, comentou.

O encontro foi encerrado com a apresentação do Instituto Tecnológico SIMEPAR, com a participação de Ângelo Breda mostrando os sistemas de medição e monitoramento que são executados pela empresa. Exemplos dessas iniciativas foram demonstrados aos presentes.

O Consórcio PCJ por meio do Programa das Empresas promove periodicamente encontros técnicos para troca de experiências. Em 2011 já ocorreram quatro eventos que discutiram sobre legislação de resíduos sólidos, responsabilidade socioambiental empresarial, gestão de resíduos sólidos e planos de contingência.  Também foi realizado no mês junho o 1º encontro técnico sucroalcooleiro das bacias PCJ.

  Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ  

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