Família PCJ encaminha documento ao Governo de SP sobre a importância das Barragens de Amparo e Pedreira para a região e a urgência da retomada das obras

Iniciativa busca sensibilizar Governo paulista sobre a necessidade imediata das Barragens para o desenvolvimento da região e ampliação da oferta hídrica

Consórcio PCJ, Comitês PCJ e Fundação Agência das Bacias PCJ – entes que compõe a Família PCJ no sistema de gerenciamento de recursos hídricos da região – produziram documento em conjunto e encaminharam à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL) do Estado de São Paulo, no qual discorrem sobre o histórico das obras das barragens em Amparo e Pedreira, a sua importância para a disponibilidade hídrica e os impactos que a paralisação da construção das mesmas podem acarretar para o desenvolvimento da região. O documento foi enviado à secretária, Natalia Resende, na última quarta-feira, dia 25.

O que aconteceu?

  • Em reunião realizada no dia 27 de setembro na SEMIL, com as presenças da secretária da SEMIL, Natalia Resende, da subsecretária de Recursos Hídricos e Saneamento Básico, Samanta Sousa, e da superintendente do Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), Mara Regina Samensatto Ramos, foi solicitado a produção de um documento técnico sobre a importância das Barragens em Amparo e Pedreira, e sobre os impactos à região com a realização dessas duas obras.

 

  • Pela Família PCJ, estiveram presentes: o Presidente do Consórcio PCJ e Prefeito de Limeira (SP), Mario Botion, acompanhado da equipe técnica composta pelo secretário executivo da entidade, Francisco Lahóz, o gerente de sensibilização e comunicação, Murilo Sant’Anna, e o assessor técnico, Flávio Forti Stenico; pelos Comitês PCJ participaram o presidente da instituição e prefeito de Piracicaba (SP), Luciano Almeida, e o secretário executivo, André Navarro; pela Fundação Agência das Bacias PCJ, estiveram presentes, o presidente, Sérgio Razera, e o diretor administrativo e financeiro, Ivens de Oliveira.

 

  • No documento produzido e encaminhado na última quarta-feira (25), foi destacado que independente da construção de um sistema adutor (que leve a água das barragens para diferentes sub-bacias), os dois reservatórios são essenciais para a bacia hidrográfica, onde será construído, a do Rio Jaguari, o que impactará uma população de mais de 1,8 milhões de pessoas, em 11 cidades (Amparo, Americana, Cosmópolis, Hortolândia, Jaguariúna, Limeira, Paulínia, Monte Mor, Pedreira, Piracicaba, Sumaré).

 

  • A Bacia do Rio Jaguari é a principal responsável pela produção de água do Sistema Cantareira, já que o represamento de suas nascentes corresponde a 82% do volume armazenado no sistema, porém, a bacia recebe uma média de 10% desse volume, que é direcionado em maior quantidade ao Rio Atibaia. 

 

  • As barragens de Amparo e Pedreira servirão para ampliar a disponibilidade hídrica da Bacia do Rio Jaguari, que possui além de intenso adensamento populacional, um importante parque industrial instalado, com empresas multinacionais que empregam milhares de funcionários e possuem receitas na casa de bilhões de reais. 

 

  • O comprometimento da disponibilidade hídrica na Bacia do Rio Jaguari pode acarretar impactos econômicos, sociais e ambientais, caso os reservatórios de Amparo e Pedreira não sejam concluídos.

 

  • As barragens de Duas Pontes (Amparo) e Pedreira deverão prover vazões regularizadas de 8,72 m³/s e 8,46 m³/s, respectivamente (com 98% de garantia), aumentando as vazões firmes disponíveis nos rios Camanducaia e Jaguari em cerca de 9 m³/s para jusante, possibilitando maior segurança hídrica à região. Cada metro cúbico abastece uma população de 250 mil habitantes.

 

  • Segundo o Presidente do Consórcio PCJ, não há como esperar mais pela conclusão dessas obras. “As barragens de Amparo e Pedreira foram pensadas num estudo feito pelo Consórcio PCJ em parceria com o DAEE, em 1991, quando já se verificou a viabilidade e a necessidade desses barramentos; já são mais de três décadas que a nossa região espera por essas obras, não há espaço de tempo mais para aguardar essa conclusão, elas são fundamentais para a nossa sustentabilidade hídrica”, aponta Botion.

 

  • Para o Presidente dos Comitês PCJ as obras precisam ser reiniciadas imediatamente. “É preciso retomar as obras urgentemente, estamos vivendo eventos climáticos extremos, gerados pelas mudanças climáticas, atualmente, tem ocorrido chuvas acima da média, que caso as barragens estivessem concluídas, poderiam ser enchidas num espaço de tempo menor, ampliando a nossa segurança hídrica, porém, como não estão acabadas, essa água toda está deixando de ser reservada”, pondera Almeida.

 

  • De fato, as chuvas nesse início de outubro estão acontecendo 47% acima das médias históricas, o que tem possibilitado, inclusive a recarga do Sistema Cantareira já no início do período chuvoso, o que não se via há mais de uma década. Se as barragens de Amparo e Pedreira estivessem concluídas poderiam aproveitar esse comportamento climático atual para reservar a água das chuvas acima da média que estão ocorrendo.

 

  • O Presidente da Fundação Agência das Bacias PCJ atenta que ““Caso ocorra uma demora acentuada na retomada das atividades das obras paralisadas, os serviços que já foram executados poderão ser comprometidos, como por exemplo as fundações das barragens”.

 

  • Com o envio do documento sobre a importância das obras das barragens para as Bacias PCJ, espera-se pela retomada das obras das duas barragens e a Família PCJ aguarda sinalização do governador, Tarcísio de Freitas, em abrir sua agenda para receber os representantes das lideranças da região para debater sobre os reservatórios e a construção do sistema adutor, que permitirá ampliar a mais cidades das Bacias PCJ a disponibilidade hídrica ocasionada pelas novas barragens.

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