Representantes da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) e da consultoria Cobrape apresentaram no dia dois de outubro no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) os resultados obtidos com os estudos do Plano Diretor de Abastecimento da Macrometrópole, área que engloba as Bacias PCJ, do Alto Tietê, Sorocaba, Baixada Santista e Paraíba do Sul, que irá necessitar de 60 m3/s até 2035 para garantir a segurança hídrica dessa região.
Segundo o assessor de gabinete da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, Rui Brasil Assis, o estudo é o ponto de partida para reflexões importantes. “Assegurar a garantia de água para o abastecimento e também com foco no desenvolvimento econômico e minimização dos conflitos da água”, disse ele sobre a iniciativa.
Para o chefe de gabinete do DAEE, Giuliano Deliberador, os estudos não são importantes apenas para as regiões envolvidas diretamente, mas para todo o Estado de São Paulo, tendo em vista que a Macrometrópole representa 83% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado e 28% do PIB Nacional. Ele também atentou que as soluções para a oferta de água serão integradas. “A água é de todos, não se divide, se compartilha”, afirmou.
Atualmente, a Macrometrópole utiliza 223 m3/s e deverá chegar a 283m³/s em 2035, um acréscimo de 60 m3/s. Portanto, seriam necessários dois novos Sistemas Cantareira para abastecer os 180 municípios com seu 30 milhões de habitantes, que compõem hoje a região.
O estudo aponta como alternativa para suprir essa demanda toda por água a construção de novos reservatórios que, ainda assim, só regularizariam mais 30 m3/s . Segundo os representantes da Cobrape que realizaram a apresentação dos dados, os outros 30 m3/s seriam obtidos com uma forte atuação dos serviços de abastecimento no combate às perdas hídricas e com ações de educação e sensibilização ambiental.
Uma informação importante comunicada é que se ocorrer uma nova estiagem como a que ocorreu entre os anos de 1953 e 1956, considerada a pior seca no recente período histórico, o abastecimento atual da macrometrópole estaria seriamente comprometido. O Sistema Cantareira, por exemplo, teria níveis insuficientes para o abastecimento dos atuais 14 milhões de habitantes que abastece diariamente.
O Plano da Macrometrópole classificou como prioritários três reservatórios nas Bacias PCJ: o de Pedreira, no Rio Jaguari, o de Amparo, no Rio Camanducaia, e o de Salto, no Rio Piraí. Os estudos indicam que esses reservatórios devem ser construídos até 2018. Rui Brasil Assis informou ao Consórcio PCJ, durante o evento, que o Governo de São Paulo já reservou valores de investimentos para as obras de Pedreira e Amparo.
“Após a entrega dos projetos básicos das barragens pelo Presidente dos Comitês PCJ, a CETESB no início de setembro finalizou o termo de referência dos estudos de Impactos Ambientais e o DAEE está finalizando o edital para publicá-lo nos próximos dias. Por uma ação muito firme do secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Edson Giriboni, já garantimos os recursos orçamentários para 2014 para a continuidade desses projetos. Em 2014 o desenvolvimento desses projetos será pleno”, disse Rui.
Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ