Empresas associadas ao Consórcio PCJ conhecem trabalho de gestão de resíduos no Ecoparque da Orizon em Paulínia (SP)

Encontro do Grupo das Empresas contou com palestra sobre “Energia Verde, Biometano e Biogás” e visita técnica para conhecer a eficiência da gestão de resíduos

O Consórcio PCJ realizou na quinta-feira (29) o 1º Encontro do Grupo das Empresas Associadas no ano de 2025, na Orizon Valorização de Resíduos S.A Ecoparque, em Paulínia (SP). No evento, foram apresentados projetos e ações que são realizadas pela Orizon, além de abordar sobre a gestão de resíduos na região e de promover o intercâmbio entre as empresas sobre temas relacionados à água, meio ambiente e saneamento. 

O encontro faz parte das ações de apoio e atendimento do Consórcio PCJ junto às Empresas Associadas, que além de promover encontros técnicos, busca dar assistência ao setor empresarial na gestão de recursos hídricos.  

“Iniciamos os encontros do Grupo das Empresas em 1999, com reuniões mensais, e foram fundamentais para refletirmos juntos sobre os próximos temas a serem trabalhados em parceria com os nossos associados. Precisamos ouvir a experiência das empresas, entender suas demandas, para que possamos construir soluções e alcançar resultados concretos”, atentou no início da reunião, o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz.

Energia verde e recursos hídricos

A Orizon faz parte do grupo de empresas associadas ao Consórcio PCJ há mais de 20 anos. Christiani Vilas Bôas, Gerente Comercial Regional da companhia, explica que a organização se posiciona como uma empresa de ‘energia verde’ com foco na economia circular e na geração de energia renovável.

Apesar de a Orizon não precisar de tanta água em seus processos, como no setor industrial, o Ecoparque como a empresa costuma a se referir aos seus aterros sanitários contribui para evitar a poluição do solo, já que o chorume, líquido escuro, tóxico, resultante da decomposição dos resíduos, possui um tratamento e gestão especial para evitar a contaminação do solo e, consequentemente, do lençol freático. No Ecoparque de Paulínia, todo o chorume é adequadamente coletado e tratado e, além de não contaminar o solo, gera água de reúso.

Valorização de resíduos

O Ecoparque da Orizon, em Paulínia, opera há 15 anos com o recebimento e tratamento de resíduos. A unidade funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, e conta com uma equipe de mais de 200 colaboradores diretos e indiretos.

Em uma área de 2,8 milhões de metros quadrados, o Ecoparque é o quinto maior aterro sanitário do Brasil, atendendo cerca de 5 milhões de habitantes, provenientes de 32 municípios e clientes privados. Diariamente, a unidade recebe cerca de 400 caminhões de resíduos, sendo que aproximadamente 60% a 70% desse volume é composto por resíduos domiciliares.

Em termos de geração de receita, o Ecoparque Paulínia é o primeiro entre as unidades da Orizon no Brasil, movimentando cerca de R$35 milhões por mês.  “A gente sabe que esta é uma região rica, com poder aquisitivo alto, então a gente tem um alto poder de reaproveitamento de materiais recicláveis”, destaca Diogo Arantes, gerente de operações da Orizon.

Metade desse valor vem dos resíduos, enquanto a outra parte é proveniente da comercialização de biometano, créditos de carbono, entre outras iniciativas. Um dos destaques é a geração de energia elétrica renovável, a partir do biogás – resultante da decomposição do material orgânico – que é injetada na rede nacional de distribuição de energia. A quantidade produzida em Paulínia é suficiente para abastecer 300 mil habitantes, segundo a Orizon.

Crédito de Carbono em aterros sanitários

O mercado voluntário de créditos de carbono oferece diversas metodologias para a geração desses créditos, que vão desde o reflorestamento até iniciativas como em aterros sanitários. A Orizon tem atuado nesse mercado por meio da geração de certificados de crédito de carbono, evitando a emissão de gases de efeito estufa, como o metano, e comercializando esses créditos com grandes empresas internacionais, como Volkswagen, Banco Mundial e Google.

Vida útil do Ecoparque Paulínia 

O Ecoparque Paulínia tem vida útil estimada até o ano de 2052, levando-se em conta o aumento populacional da região e o seu subsequente aumento de geração de resíduos. Após esse prazo, uma das alternativas viáveis para o local é a implantação de um parque solar, conforme explicou o gerente de operações da unidade, Diogo Arantes.

Compromisso socioambiental 

Além das atividades industriais, a Orizon demonstra seu compromisso com a responsabilidade socioambiental ao destinar cerca de 10% da receita obtida com a venda de créditos de carbono para as ações promovidas pelo Instituto Orizon Social.

Mantido pelo Grupo Orizon e com sede em Paulínia (SP), o Instituto é uma organização sem fins lucrativos voltada à formação das futuras gerações. O espaço é preparado para receber a juventude, com foco em educação ambiental, conscientização sobre resíduos e práticas de economia circular. 

“Esse projeto acontece dentro dos ecoparques e convidamos universidades, escolas, cursos técnicos a conhecerem esses espaços e dialogar sobre esse tema”, salientou no encontro, o especialista de projetos do Instituto Orizon Social, Vinícius Gomes.

🔗 Galeria de fotos Encontro do Grupo das Empresas na Orizon

Sobre o Grupo das Empresas Associadas ao Consórcio PCJ

O Grupo das Empresas Associadas é formado por grandes corporações nacionais e internacionais e tem forte representatividade junto à diretoria do Consórcio PCJ. A utilização de água das empresas associadas representa 80% do total do uso industrial das Bacias PCJ, garantindo grande respeitabilidade ao grupo.

O encontro do Grupo das Empresas tem como objetivo promover o diálogo e ampliar o debate sobre os desafios enfrentados pelas organizações em questões ambientais, com foco na gestão de recursos hídricos. Cada encontro é realizado em uma empresa anfitriã e tem como objetivo estimular a troca de experiências e o desenvolvimento de soluções conjuntas para desafios relacionados à sustentabilidade, aos recursos hídricos e ao meio ambiente.

A participação do setor empresarial no Consórcio PCJ teve início em 1996 e, desde então, o grupo realiza encontros técnicos e desenvolve atividades voltadas para temas estratégicos, como gestão de recursos hídricos, saneamento, reflorestamento, resíduos sólidos, educação ambiental, entre outros.

Atualmente, integram o Grupo das Empresas Associadas as seguintes corporações: Agrícola Monte Carmelo, AEGEA Mirante, Ajinomoto, Ambev, ArcelorMittal, BRK Ambiental, CPFL Renováveis, Coca-Cola FEMSA Brasil, Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ), CPIC Fiberglass, DAE Jundiaí, Ester Agroindustrial, Evonik, Fareva, Klabin, Orizon, Petrobras/REPLAN, Pirelli, Raízen – Usina Costa Pinto, Rhodia Solvay Group, Sabesp, Sanasa, Unilever e Ypê – Química Amparo.

Próximo encontro será na ArcelorMittal

O próximo encontro do Grupo das Empresas está previsto para o mês de agosto e será realizado na unidade da ArcelorMittal. A pauta principal será o reúso da água, em parceria com o Instituto Água de Reúso. Mais detalhes sobre o evento serão divulgados em breve.

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