O diretor-presidente da Coden, Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa, município associado ao Consórcio PCJ, o engenheiro Ricardo Ongaro, e o secretário de Governo, Wagner Fausto Morais, receberam o senhor Rimmer Wouda, da diretoria técnica da empresa Geoplanet, de São Paulo e Markus Ziegenhohn, diretor de vendas da SebaKMT, da Alemanha, trabalha com monitoramento de rede de água no Centro Leste Europeu, Centro-Sul –América e México.
Eles vieram apresentar modelo de correlacionador instalados em trechos 15 a 20 quilômetros de rede na Europa, com objetivo de localizar vazamentos por ruídos, um sistema para evitar as perdas de água tratada. “O processo é muito interessante e parece bastante eficaz. Vamos estudar as possibilidades, julgando viável e ir à busca de recursos através do Governo Estadual e Federal para viabilizar sua instalação”, explicou Ricardo Ongaro.
O diretor da Coden lembrou que ao assumir a administração da empresa em 2007 o índice de perdas era de 57%. Porém as perdas hoje em Nova Odessa estão em torno de 20% considerando o racionamento de 13 horas por dia (21h às 10h). Com a distribuição normal este índice seria em torno de 30% a 34%.
De acordo com a Sabesp, estudos apontam que cerca de 50% correspondem a perdas físicas (vazamentos e extravasamento de reservatório), e os outros 50% – perdas aparentes – água consumida e não computada (submedição, fraudes, imprecisão de hidrômetro).
A empresa investiu em várias ações visando à redução das perdas, para isso montou um Plano Diretor de Combate as Perdas de Água Tratada. Entre as ações está a troca de rede antiga de cimento amianto, que apresentavam vazamentos, por PEAD (um tipo de plástico de alta densidade), em oito bairros, no Centro, Jardim Fadel, Jardim Flórida, Vila Azenha, Bela Vista, Santa Rosa, Jardim São Manoel e atualmente no Jardim Éden (investimento de R$ 11,6 milhões). Além disso, teve a implantação da setorização (investimento de R$ 2.084 milhões), onde divide-se a cidade em setores, uma forma de identificar os vazamento com maior facilidade. Outra ação foi a troca de 12.355 hidrômetros (R$ 1,2 milhão), que passou a medir com maior precisão o consumo de água.
As perdas hídricas se configuram como um grande desafio para a ampliação da oferta água para a comunidade. O Consórcio PCJ mantém há 17 anos o Grupo Regional de Combate às Perdas Hídricas, que se reúne periodicamente para discussão de estratégias e troca de experiências.
As perdas hídricas são toda a água que é desperdiçada desde a captação até o consumo final na casa do consumidor. Fazem parte desse cálculo, inclusive, as perdas financeiras, como as medições de consumo que estão subestimadas entre outros custos do processo de tratamento. Uma boa gestão desse índice pode contribuir para a ampliação da oferta hídrica.
Fonte: Assessoria de Imprensa da CODEN com apoio da assessoria de imprensa do Consórcio PCJ