A questão da logística reversa e descarte de resíduos sólidos foi discutida hoje (22) pela tarde, em um painel no Espaço do Consórcio PCJ no 8º Fórum Mundial da Água. Essa apresentação contou com a presença de Fernanda Daltro, representante da ONU Meio Ambiente, do Mimo Ravagnani, do Consórcio Intermunicipal de Manejos de Resíduos Sólidos da RMC (CONSIMARES), e Renato Soares de Paula, idealizador do Papa Cartão.
Durante as apresentações, foi abordada a questão da importância da destinação correta para os resíduos sólidos, e dos impactos causados na natureza quando há o descarte irregular desses materiais.
O idealizador do Papa Cartão, que é um programa de logística reversa, contou que os cartões são feitos de um produto nobre, que é o plástico, e que jogar esses cartões fora, é desperdiçar um material que tem um valor agregado. Por conta disso, surgiu a ideia de fazer Papa Cartão, que recolhe os cartões velhos e inutilizáveis, e recicla-os, produzindo, além de cartões novos, outros materiais, como pranchetas, cadernos e outros.
“Quando a gente recicla o plástico, a gente gera renda, faz capacitação, inclusão social, e ainda não deixa esse produto ir parar no meio ambiente e nos rios. É um programa que pretende realmente colocar em prática a logística reversa”, explicou Renato Soares.
A representante da ONU Meio Ambiente, destacou, durante sua apresentação, a questão do problema dos plásticos em rios, e principalmente em mares. Fernanda disse que as pessoas precisam ter um olhar mais atento nessa questão, e aproveitar as mídias sociais, que divulgam esses problemas “invisíveis”, para ter mais consciência em relação a um problema que afeta a natureza, de forma geral.
“As pessoas precisam pensar em suas responsabilidades e escolhas. A gente tem que levar a sério a questão do lixo, e ver que é um problema que está prejudicando não somente os seres da terra, mas também, a vida marinha”, alertou Fernanda, que estava representando também, a campanha “Mares Limpos”.
Por fim, Mimo Ravagnani atentou sobre a necessidade da conscientização das pessoas e das empresas em relação ao descarte de resíduos sólidos. Segundo ele, não adianta existir uma mobilização do poder público, sem a mobilização anterior da sociedade e das empresas, em praticar a logística reversa, e descartar corretamente os resíduos.
“É preciso, antes de tudo, mudar o sistema. Hoje, o consumidor compra o que interessa para ele, sem pensar no meio ambiente, Esse hábito precisa ser mudado, para que assim, as indústrias também mudem seus hábitos, e pensem em estratégias de produção de materiais que são menos agressivos para o meio ambiente”, sugeriu o representante do CONSIMARES.
Assessoria de Comunicação do Consórcio PCJ