O Consórcio PCJ teve sua candidatura a membro do Comitê de Ligação da Rede Internacional de Organismos de Bacias (RIOB) aprovada durante a Sessão Estatutária da Assembleia Geral Mundial, que ocorreu na quinta-feira, dia 15 de agosto.
O Comitê de Ligação é considerado a diretoria da RIOB e é formado pelo atual presidente da rede, dos dois presidentes anteriores, do secretário técnico permanente, do presidente e do secretário de cada rede regional da RIOB, além de organismos membros indicados na última Assembleia.
A função do Comitê é executar as deliberações da última Assembleia Geral e preparar a próxima, além coordenar projetos comuns, analisar novas candidaturas de observadores e membros da rede.
O Consórcio PCJ é um dos fundadores da RIOB e membro pagante da entidade. Ao assumir parte no Comitê de Ligação busca intensificar a troca de experiências com diferentes organismos gestores da água, além de ampliar a sua divulgação e promoção internacional como importante organismo de bacia, contribuindo para uma melhor gestão da água.
A 9ª Assembleia Geral Mundial da RIOB terminou no dia 15 com a participação de 400 representantes de 62 países e a aprovação da “Carta de Fortaleza”. O documento final do evento chama atenção e pede providências urgentes para as mudanças climáticas. A “Carta de Fortaleza” também ressalta que a gestão integrada das fontes de água por bacias hidrográficas é uma imposição em todo mundo. Sobre a seca, o documento alerta: “a mudança climática vai agravar os problemas estruturais que levam à seca e até mesmo à falta de água em muitas regiões”.
Ao final da Assembleia, foi eleito o nono presidente da RIOB para representar a rede por um período de três anos. Até 2016, Lupércio Ziroldo Antônio, que também é presidente a Rede Brasileira de Organismos de Bacia (REBOB) vai presidir a entidade. Ele substitui Kabiné Komara, alto comissário da Organização para o Aproveitamento do Rio Senegal (OMVS). Também foi definido o México para hospedar a próxima Assembleia Geral Mundial da RIOB em 2016.
Lupércio classificou durante o evento que a água será a crise definidora do século XXI. Segundo ele existem alternativas energéticas, porém, não há alternativa para a água. “Nesse cenário, somente com a integração da sociedade, por meios dos usuários, poder público e iniciativa privada, poderemos ter avanços reais para a boa gestão da água”, disse ele em entrevista ao Consórcio PCJ.
Durante a tarde dessa última quinta-feira, antes do encerramento do evento, o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, participou do talk-show “O financiamento da gestão da água e dos organismos de bacias”, com a participação de autoridades de diversas partes do mundo. Lahóz discorreu sobre alternativas que vão além da implantação da cobrança pelo uso da água, para financiar órgãos gestores e o próprio sistema de gestão de recursos hídricos. Segundo ele, “com criatividade é possível desenvolver ações com bons resultados”.
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