Consórcio PCJ se junta aos municípios da região para pedir por mais água do Cantareira para a Bacia do Rio Atibaia

A Secretaria Executiva do Consórcio PCJ encaminhou na última quarta-feira, dia 17, à coordenação da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ solicitação de ampliação em ao menos 1 m³/s do envio de vazão do Sistema Cantareira para a Bacia do Rio Atibaia, responsável pelo abastecimento direto de duas regiões extremamente importantes economicamente no Estado de São Paulo: A Região Metropolitana de Campinas (RMC) e o município de Jundiaí (SP).

Atualmente, o Sistema Cantareira está enviando para as Bacias PCJ 4 m³/s, sendo 1 m³/s pelo reservatório Jaguari /Jacareí, 2 m³/s pelo reservatório Cachoeirinha e 1 m³/s pelo reservatório Atibainha. A água enviada dos reservatórios Cachoeira e Atibainha é a água que vem para a bacia do Rio Atibaia, o que totaliza 3 m³/s,  volume considerado insuficiente para atendimento às demandas existentes pelos municípios que participaram da reunião do GT-Estiagem dos Comitês PCJ ocorrida, ontem (17), no município de Campinas (SP).

A solicitação do Consórcio prevê a ampliação para 4 m³/s para a Bacia do Rio Atibaia e a permanência de 1 m³/s na Bacia do Rio Jaguari, o que totalizará 5 m³/s para as Bacias PCJ. A atitude do Consórcio PCJ se soma a de outros municípios da região que fizeram a mesma solicitação à CT-MH. Várias cidades estão enfrentando severas dificuldades para captar água na calha do Rio Atibaia. Campinas, por exemplo, só o está fazendo porque o município de Jundiaí está deixando de captar água no rio Atibaia durante 4h no dia para não prejudicar a captação da Sanasa. Isso está sendo possível porque Jundiaí nesse intervalo capta de sua represa municipal.

O Rio Atibaia está apresentando nessa quarta-feira (17) a vazão de 3,06 m³/s na captação de Valinhos, que é próxima à captação da Sanasa. Nesse ponto, Valinhos e Campinas precisam de ao menos 5 m³/s para não comprometer o abastecimento das duas cidades. A vazão do Rio Piracicaba, também, está extremamente baixa, em torno de 10 m³/s. De forma generalizada, todos os rios da região estão com vazões críticas, o que pode comprometer  o abastecimento de diversos municípios e empresas.

Na solicitação enviada à CT-MH, o Consórcio PCJ aproveitou para externar o pedido oficial aos organismos gestores, para que os mesmos estudem com extrema urgência a viabilidade da utilização de água de cavas de mineração e de reservatórios particulares, para complementar ou suprir o abastecimento de municípios das Bacias PCJ que estão anunciando total calamidade, a exemplo do município de Santo Antônio de Posse (SP). A entidade no último mês realizou mapeamento por mapas de satélite de possíveis alternativas hídricas (cavas e pequenos reservatórios) para o abastecimento das Bacias PCJ, confirmadas depois com sobrevoo de helicóptero.

O Consórcio PCJ vem emitindo alertas sobre a situação da estiagem e seus reflexos para o abastecimento industrial, rural e urbano desde dezembro de 2013. Em fevereiro de 2014, a entidade elaborou os 25 mandamentos da estiagem para casos de estado de emergência e calamidade. Depois em abril, durante o ato do Cantareira, a entidade apresentou 39 projetos e reivindicações de curto, médio e longo prazo para a região superar a crise. No mês de junho, o Consórcio PCJ contratou a consultora Rosana Garjulli para apresentar a experiência de alocação de água negociada no Estado do Ceará aos associados da entidade. O Consórcio PCJ está tomando diversas atitudes e apresentando aos municípios e empresas associados para amenizar a crise hídrica.

Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ

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