O Hospital Estadual de Sumaré (HES-Unicamp)inaugurou no dia 11 de dezembro Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que irá tratar 98% do efluente orgânico produzido no hospital. A inauguração contou com diversas autoridades, entre elas o reitor da Unicamp, Tadeu Jorge, o diretor-superintendente do HES-Unicamp, professor Lair Zambom, o presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Sumaré, Valmir Ferreira da Silva, que representou a prefeita Cristina Carrara, e a diretora executiva da Agencia Metropolitana de Campinas (Agemcamp), Ester Viana. O Consórcio PCJ esteve presente com a subsecretária executiva, Jussara Cordeiro, que representou o Presidente da entidade e prefeito de Indaiatuba (SP), Reinaldo Nogueira.
Com uma capacidade para tratar até 432 mil litros de esgoto por dia, o hospital eliminará os sistemas de fossas sépticas que recebem atualmente 240 mil litros de esgoto/dia, e se tornará o primeiro hospital do interior do Estado de São Paulo a tratar 98% dos efluentes. Diariamente, circulam pelo HES-Unicamp cerca de 2 mil pessoas, entre funcionários, pacientes e familiares, prestadores de serviços e usuários dos serviços do hospital.
“Mesmo que a água tratada pela ETE volte para a rede pública de esgoto não causará impactos ao meio ambiente”, explicou o gerente de engenharia do hospital, Ricardo Duft. Ele ainda completou que a estação de tratamento do HES executará automaticamente os processos de oxidação química, aeração, coagulação, floculação, decantação e filtração. Em Sumaré, o Rio Quilombo é o principal destino de todo o esgoto do município e desagua no Rio Piracicaba.
A construção da ETE do HES terá tratamento preliminar para a retenção de sólidos grosseiros e materiais flutuantes. Primeiro uma peneira irá reter substâncias grosseiras em suspensão como papéis, tecidos, materiais plásticos, etc. Em seguida; uma caixa de areia terá a função de reter materiais particulados e outros detritos inertes e pesados que se encontram nos efluentes, protegendo as bombas e a canalização. Por fim ocorrerão o tratamento biológico e a desinfecção no efluente final tratado.
O gerente geral do HES, Wagner Lourenço, explicou que a escolha por essa concepção de tratamento baseou-se nas seguintes vantagens: pequena área para implantação, custo inferior aos sistemas convencionais, elevada eficiência na remoção de DBO e sólidos em suspensão, lodo mineralizado que dispensa a digestão anaeróbica, fácil operação e manutenção e dispensa decantação primária. “É com esta perspectiva que buscamos contribuir com a saúde da população da região”, comentou o diretor-superintendente do HES-Unicamp, professor Lair Zambon.
A gestão compromissada com o meio ambiente foi destacada pelo reitor da Unicamp, Jorge Tadeu que anunciou as próximas metas da universidade. “Queremos agora eliminar totalmente o uso de papel na Unicamp, é um passo ousado, mas estamos em processo de implantação”, declarou ele, durante a inauguração.
O presidente do DAE Sumaré, Valmir Ferreira da Silva, atentou para a importância da obra em contribuir para o tratamento de esgotos na cidade, tendo em vista que o município ainda busca viabilizar estações de tratamento próprias. Segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) regional de Americana, atualmente, Sumaré coleta 88% e trata 13% dos seus efluentes.
O tratamento de esgoto nas Bacias dos Rios Piracicaba Capivari e Jundiaí (PCJ), quando o Consórcio PCJ foi fundado em 1989, era de apenas 3%. Hoje, 60% do esgoto coletado é tratado na bacia. A entidade tem auxiliado os municípios com cursos de capacitação sobre elaboração de projetos e fontes de recursos para financiamento de obras por meio do Programa de Saneamento e Racionalização. Mais informações, acesse
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Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ com o auxílio Assessoria de Comunicação Unicamp