Cooperação Internacional e custos de dessalinização despertaram atenção
Integrantes da equipe do Consórcio PCJ participaram no dia 13 de abril do 6ª Encontro Nacional das Águas, promovido pela SINDCON, que aconteceu dentro da Primeira Edição em terras brasileiras de uma das maiores feiras de água e saneamento do mundo, a Pollutec. Os painéis que despertaram a atenção da equipe neste dia foram: o que tratou da agenda internacional de cooperação entre o setor público e a iniciativa privada e o que abordou sobre os custos de dessalinização sob a ótica das concessionárias dos serviços de abastecimento.
O painel sobre cooperação internacional contou com a presença de autoridades dos setores público e privado de vários países. Entre eles, esteve presente Jean François Donzier, presidente do Escritório Internacional da água, parceiro do Consórcio PCJ.
Após sua apresentação, Donzier conversou com a equipe e destacou a importância da participação do Consórcio PCJ durante a 10ª Assembleia Geral da Rede Internacional de Organismos de Bacia (RIOB), que acontecerá de 1 a 4 de junho de 2016, na cidade de Merida, no México.
Segundo ele, um dos objetivos da RIOB México é “impulsionar a ideia de que a água é a primeira vítima das mudanças climáticas”. A assembleia, que irá abordar os grandes desafios globais para a gestão da água, auxiliará também no recolhimento de mais assinaturas para o Pacto de Paris, uma iniciativa da RIOB lançada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 21), realizada no final de 2015 em Paris. O Pacto propõe o desenvolvimento de planos de ação para adaptação às mudanças climáticas nas bacias hidrográficas de todo o mundo. Atualmente existem 342 instituições que firmaram tal pacto, dentre elas, o Consórcio PCJ.
Durante o segundo painel, o representante do Grupo Águas do Brasil, André Lermontov, fez diversas comparações entre o custo para fornecimento de água potável por meio da dessalinização, realizado em vários países do mundo, e o custo para o tratamento da água doce por meio do sistema convencional utilizado no Brasil, com captação em rios e represas.
O Consórcio PCJ foi uma das primeiras entidades brasileiras a cogitar a viabilidade de dessalinização para resolver os problemas de acesso à água e de disponibilidade hídrica. Ao final de 2014, no ápice da crise hídrica em São Paulo e na Região Sudeste, a entidade realizou estudo de viabilidade e custos para dessalinizar a água no litoral paulista e enviá-la para o Sistema Cantareira, que na época operava com a reserva técnica, mais conhecida como volume morto, ou seja, a água que fica abaixo das tubulações de captação.
Na ocasião, ainda reinava entre os gestores nacionais o mito de que o custo de tratamento da água dessalinizada é muito elevado, o que acabou sendo desmistificado com as parcerias entre o Consórcio PCJ e autoridades israelenses. Atualmente, o custo do tratamento não passa de US$ 0,55 de dólar, valor esse competitivo em relação ao tratamento de água convencional realizado no Brasil, tendo em vista o câmbio atual e as variações dos custos em época de estiagem, quando a vazão dos rios cai drasticamente, comprometendo a qualidade da água.
Também presente no evento, o presidente da REBOB (Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas) e da RIOB, Lupércio Ziroldo Antônio, não só destacou a importância do 6º Encontro Nacional das Águas, como também lembrou a oportunidade que o Brasil terá em 2018 ao sediar o Fórum Mundial da Água.
“Essa é uma oportunidade ímpar para o nosso país, uma vez que temos dois anos para organizar um fórum que não será voltado só para os técnicos, mas também para toda a sociedade, para todo cidadão que bebe água. Nós estamos trabalhando para que possamos atingir o que há de mais importante para o fórum: um bom legado”, afirmou Lupércio.
A equipe do Consórcio PCJ ainda realizou visita à Feira Pollutec, no Pavilhão do Anhembi, e que contou com um mosaico das principais inovações em tecnologias e soluções que visam trazer ao mercado maior eficiência energética, responsabilidade ambiental, economia de insumos e reaproveitamento de rejeitos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e o aumento da competitividade das empresas em longo prazo. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), maior instituição de fomento de projetos de infraestrutura no Brasil, e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), um dos órgãos mais representativos do empresariado brasileiro, também participam do evento. Mais de 80 marcas nacionais e internacionais estarão apresentando seus produtos e serviços na primeira edição da Pollutec no Brasil até o dia 15 de abril.