Entidade está prestando apoio para solução de problemas que impactam na disponibilidade hídrica atual e futura com o objetivo de tornar associados mais resilientes a eventos extremos
A intensificação da crise hídrica no último mês levou o Consórcio PCJ a buscar alternativas para auxiliar os municípios e empresas associados que já enfrentam dificuldades de abastecimento devido a diminuição da disponibilidade hídrica. A intenção da entidade é encontrar formas de atender a demanda por água com as vazões disponíveis atualmente.
Foram feitas reuniões com oito municípios de seis sub bacias hidrográficas: do Atibaia, Jaguari, Capivari, Corumbataí, Jundiaí e do Piraí. O Consórcio PCJ tem estudado a possibilidade de alternativas individuais ou conjunta entre municípios e de transposição entre as bacias como forma de equilibrar a disponibilidade hídrica entre os municípios de regiões de maior escassez hídrica. O mapeamento das necessidades também servirá como um diagnóstico que poderá balizar o debate do Sistema Adutor Regional (SAR-PCJ), obra que pretende levar a água dos reservatórios de Amparo e Pedreira a cidades de diferentes sub bacias de onde estão sendo construídos, ampliando o número de cidades atendidas.
O Consórcio PCJ também realizou reunião com o Grupo de Atuação Regionalizada de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA) para debater alternativas para maior segurança hídrica da Bacia do Atibaia, como a possibilidade de construção de reservatórios compartilhados entre dois ou mais municípios e mudanças de captações que reforcem o abastecimento da Região Metropolitana de Campinas.
A confirmação da liberação de recursos pelo Governo de São Paulo para a conclusão do Barramento do Ribeirão Piraí também foi debatida com representantes do Consórcio Intermunicipal do Ribeirão Piraí (Conirpi), e de como essa obra vai ampliar a disponibilidade hídrica nas Bacias PCJ.
O Consórcio PCJ discutiu ainda com os municípios associados a necessidade de se aproveitar esse momento para realização de ações que melhorem a capacidade de reserva de água das chuvas que estão por vir, como forma de se preparar para a estiagem de 2022, que pode ter o mesmo ou até mais impacto que a ocorrida em 2014/15. Foi indicado a alguns municípios manutenções em seus reservatórios municipais e, caso possível, a realização de desassoreamento para ampliar a capacidade de armazenamento de água e construção de bacias de retenção e piscinões ecológicos, entre outras iniciativas.
A entidade está compilando essas recomendações numa publicação que será lançada em breve, intitulada “Manual de Enfrentamento da Crise Hídrica”, com o objetivo de capacitar e preparar municípios e empresas associados para a possível ocorrência de nova crise hídrica que afetará o gerenciamento de recursos hídricos, com impactos também ao setor elétrico, já que o mesmo usa matriz hídrica para gerar energia.