Conselho Fiscal propõe moção de repúdio às vazões atuais do Cantareira para as Bacias PCJ

O presidente do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ e vereador pelo município de Rio Claro (SP), José Júlio Lopes de Abreu (Julinho Lopes), encaminhou ofício a todos os vereadores membros do conselho solicitando a elaboração de Moções de Repúdio aos órgãos gestores pelo volume de água enviado às Bacias PCJ nas Câmaras Municipais da região. Atualmente, está sendo destinado para as Bacias PCJ 3 m3/s, enquanto a Grande São Paulo está recebendo 17,90 m³/s.

No ofício encaminhado, o presidente do Conselho Fiscal chama a atenção para caso seja consumida toda a reserva técnica do Sistema Cantareira, a Grande São Paulo ainda teria como fonte de abastecimento o Sistema integrado dos reservatórios do Alto Tietê (Billings, Guarapiranga, entre outros), que supriria suas necessidades hídricas em até 50%. Ao passo que as Bacias PCJ não possuem outra alternativa a não ser o Sistema Cantareira.

“Nesse sentido solicitamos a vossas senhorias providenciarem moções de repúdio, em regime de urgência, para que nossa bacia não seja menosprezada”, escreveu Julinho Lopes no ofício.

O documento foi enviado aos 86 membros do Conselho Fiscal dos 43 municípios associados ao Consórcio PCJ e aos COMDEMAs – Conselho de Meio Ambiente da região.

Nos últimos anos, as Bacias PCJ tiveram a necessidade de envio de até 12 m³/s do Sistema Cantareira, durante a estiagem. Estudos do Consórcio PCJ para a renovação da outorga do sistema, atenta que até 2018 esses 12 m³/s não serão mais suficientes e a vazão necessária passará a ser de 18 m³/s frente ao desenvolvimento industrial, rural e o crescimento populacional, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou um crescimento de 4,74% na região.

O Consórcio PCJ emitiu seu primeiro alerta sobre as chuvas abaixo das médias históricas e da possibilidade de estresse hídrico ao Sistema Cantareira e às vazões dos rios da região, em dezembro de 2013. Desde lá, já foram feitas diversas recomendações e orientações para a estiagem, bem como, a necessidade de redução do consumo na casa dos 50% para podermos superar a estiagem. Recentemente, durante o manifesto “Salvem o Cantareira – Água para Todos”, promovido pelo Conselho Fiscal da entidade, foram apresentadas e encaminhado aos órgãos gestores 39 sugestão de ações de curto, médio e longo prazo para sobrevivermos à estiagem e à crise hídrica, do qual consta a orientação para se decretar estado de calamidade pública, como medida de curto prazo.

Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ

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