02/03/2012
A 68ª Reunião do Conselho de Consorciados também teve como foco dos debates a construção de dois novos reservatórios nas bacias PCJ
O Conselho do Consórcio PCJ aprovou, durante a sua 68ª Reunião Ordinária, que aconteceu no município de Louveira (SP), na manhã de sexta-feira, dia 02, pela realização de eventos de esclarecimento para toda a comunidade durante o ano de 2012 sobre a gestão do Sistema Cantareira e os impactos para as bacias PCJ decorrentes da renovação da outorga do Cantareira, prevista para ocorrer em 2014. Também teve destaque os estudos para a construção de dois reservatórios na área de Pedreira (SP) e Amparo (SP), que devem regularizar uma vazão de 6m3/s para a região.
A reunião foi presidida pela vice-presidente do Consórcio PCJ, que responde pelo Programa de Educação e Sensibilização Ambiental, e prefeita do município de Piracaia, Fabiane Santiago, que atentou para os desafio desses encontros em elucidar para três públicos distintos – população, imprensa e gestores técnicos – o papel da região nesse debate. “Acredito ser importantíssimo a iniciativa do Consórcio PCJ em traduzir para a população de uma maneira geral o que é outorga e como se dá esse processo. Além disso, é fundamental que todos participem, trazendo as reinvidicações do seu município, socializando o tema”, comentou Fabiane.
A vice-presidente do Consórcio PCJ atentou ainda sobre a necessidade de investimento nos municípios de cabeceiras das bacias PCJ, que abastecem o primeiro parque industrial do país, a Grande São Paulo, e o terceiro, que é a região do PCJ. “Fazemos parte do desenvolvimento do país, mas temos de fazer parte das discussões, de quais contrapartidas e investimentos a região terá”, disse.
Para ela, possuir as represas do Sistema Cantareira – Piracaia é a cidade onde fica a represa do Cachoeira – atribui importância ao município pela contribuição a toda uma região, tornando-se vital ampará-los com recursos financeiros para ações, projetos e obras de preservação.
Um 2014 com mais avanços que em 2004
O secretário de Meio Ambiente de Americana, Jonas Santarosa, externou sua preocupação com a busca de ampliação da oferta hídrica. “Em Americana, tivemos casos de empresas de serem dispensadas de instalarem no município por falta de balanço hídrico”, disse. Santarosa, ainda completou dizendo que “na renovação da outorga do Sistema Cantareira, em 2004, previa-se fontes alternativas até 2014 e não temos soluções ainda”, comentou ele.
Os eventos de esclarecimentos serão no formato de talk-show, onde a plateia poderá participar com perguntas aos palestrantes, mediados por um coordenador. Durante a reunião do Conselho, definiu-se pela realização de três talk-shows: um na parte baixa da bacia, muito provavelmente em Piracicaba, outro na parte média na região de Campinas, e outra na parte alta, em Bragança Paulista. “Acredito é um tema de total relevância para as bacias PCJ e é necessário que os 5 milhões de pessoas da região, atingidas pelo Sistema Cantareira, entendam o que é a renovação da outorga”, lembrou o vice-presidente do Consórcio PCJ, que responde pelo Programa de Saneamento e Racionalização, e diretor da Foz do Brasil, Sandro Stroiek.
O Vice-presidente pelo Programa Sistema de Monitoramento, e presidente da Sanasa Campinas, Marco Antônio dos Santos, enfatizou a integração e o diálogo conjunto entre as partes envolvidas na construção de um consenso para 2014, além de deixar a Sanasa à disposição para realização de encontros de esclarecimentos e apoio na condução desses eventos.
Novos reservatórios nas Bacias PCJ
O assessor de gabinete da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Rui Brasil Assis, esteve presente a reunião respondendo às indagações dos consorciados e externou que embora a população não esteja crescendo mais num ritmo tão acelerado o desenvolvimento econômico vai exigir mais água tanto para a bacia do Alto Tietê, onde está a Grande São Paulo, como para as bacias PCJ. A saída? Segundo ele reduzir o consumo.
“Temos de trabalhar num cenário não tendencial, mas em gestão de demanda, priorizando os programas de controle de perdas hídricas, de reuso e uso racional de água”, comentou Assis.
Para ele, a construção de novos reservatórios nas bacias PCJ, como os que estão sendo estudados para a região dos municípios de Pedreira e Amparo, do porte da represa do Cachoeira, do Sistema Cantareira, visam complementar a oferta hídrica para a região.
“Além de reduzir a demanda por água, nós vamos precisar de mais água de qualquer forma, então, os novos reservatórios são imprescindíveis. No Alto Tietê não temos mais disponibilidade de áreas para construí-los. Agora no PCJ vemos como possibilidade concreta de regularização de vazões significativas de 6 ou 7m3/s, para uma região que usa hoje de 16m3/s para abastecimento público. Portanto, estou falando do incremento de um terço na disponibilidade hídrica se levarmos em conta apenas o abastecimento público”, explanou Assis.
Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ