Comitivas do Peru e de Santa Catarina conhecem detalhes sobre a gestão do Consórcio PCJ

O Consórcio PCJ recebeu entre os dias 16 e 18 de setembro comitiva de gestores de recursos hídricos de Lima, no Peru, e do Comitê do Rio Canoas, do Estado de Santa Catarina. O objetivo das visitas foi conhecer o trabalho da entidade e intensificar o intercâmbio de experiências para, no caso dos peruanos, verificar a possibilidade de implantar uma entidade similar ao Consórcio em Lima, e no caso do Comitê Canoas, aprimorar o sistema de gestão naquele estado.
No dia 16, as comitivas conheceram a sede do Consórcio PCJ, o Centro de Referência em Gestão de Recursos Hídricos, em Americana (SP). Pela manhã, os visitantes tiveram acesso às informações sobre a fundação da entidade e a implantação do sistema de gestão de recursos hídricos nas Bacias PCJ. Durante a apresentação, a equipe da entidade abordou ainda sobre a participação dos associados, a figura jurídica do Consórcio e a sua importância para a região, nesses 26 anos de atuação, sobretudo, num momento em que as Bacias PCJ passam pela pior estiagem dos últimos 90 anos.

Lorena Gaviño, analista de desenvolvimento sustentável da empresa Backus, no Peru, destacou como relevante a credibilidade do Consórcio PCJ e os meios que a entidade se utiliza para ultrapassar esse período de crise hídrica. “Nós não sabíamos que a crise hídrica estava tão presente aqui no sudeste brasileiro. Sem dúvida, o Consórcio apresentou ações além da conscientização ambiental que servirão de exemplos”, comentou.

No período da tarde, o diretor geral do Departamento de Água e Esgoto (DAE) do município associado de Americana (SP), Leandro Zanini Santos, explanou sobre a os aspectos de qualidade e quantidade na disponibilidade hídrica nas Bacias PCJ, além de ressaltar o auxílio do Consórcio PCJ municípios em buscar novas fontes de captação de água.

Em relação às comitivas, Santos afirmou ser totalmente benéfica: “Conhecer a realidade de outras bacias e até internacionais ajuda muito a gente entender que temos desafios comuns e muitas vezes com soluções diferentes”, destacou.

O chefe de redes e ramais de esgoto do Rio Canoas, Altamir Boff pontuou a organização e os resultados do Consórcio PCJ como o ponto mais relevante da visita. “O número de pessoas capacitadas pelo programa de Educação e Sensibilização Ambiental, a diminuição de perdas hídricas e aumento no tratamento no esgoto me deixou maravilhado. Em Santa Catarina, tudo é mais lento pela falta de investimento”, disse ele.

A Casa Modelo foi o ponto final da visita no dia, onde os participantes puderam observar as tecnologias e métodos de construção civil sustentável e acessíveis à população, que contribuem com a racionalização do uso da água e energia.

Peruanos tem contato com a gestão socioambiental da Empresa Associada Ypê

No dia 17, apenas, a comitiva do Peru seguiu o roteiro de visitações planejado pelo Consórcio PCJ, enquanto os representantes do Comitê Rio Canoas retornaram à Santa Catarina. Pela manhã, os peruanos conheceram a planta da empresa associada Ypê, em Amparo (SP). A comitiva teve acesso à política socioambiental da corporação e apreciaram de perto as ações de armazenamento de água de chuva, tratamento de água e esgoto, que são realizadas na empresa.

A Ypê iniciou a captação de água de chuva no início da década de 1980, quando não havia legislação sobre o tema, ainda. Essa iniciativa permite, por exemplo, que unidades como em Salto (SP), tenha reduzido o consumo de água em 2014 em 33%. Na unidade de Anápolis (GO) a redução foi de 19%, em Simões Filho (BA) a redução foi de 10% e, em Amparo (SP), na sede da empresa, nos últimos quatro anos, houve um aumento de 6% na produção, mas redução de 8% da captação água do rio Camanducaia.

Os telhados dos prédios da planta de Amparo captam água da chuva que permitem armazenar água suficiente para abastecer uma cidade de 20 mil habitantes por 30 dias, tendo como base o consumo de 110 litros habitante/dia, preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Durante a estada na Ypê, os visitantes estrangeiros também puderam contar com a presença do vice-presidente de Políticas de Recursos Hídricos do Consórcio PCJ e prefeito de Amparo, Luiz Oscar Vitali Jacob, que abordou sobre as ações de gestão da água no município e o projeto, em fase inicial ainda, sobre pagamento por serviços ambientais, que conta com o apoio da própria Ypê e do Consórcio PCJ.

No período da tarde, a comitiva de peruanos visitaram as instalações da Agência Reguladora de Saneamento (ARES-PCJ), em Americana (SP), onde tiveram acesso às informações sobre o saneamento básico na região de atuação da agência e sobre a regulação realizada junto aos municípios membros da ARES.

Gestão das Perdas hídricas chama a atenção da Comitiva

Já no dia 18, pela manhã, os peruanos participaram do Encontro do Grupo Regional de Perdas Hídricas do Consórcio PCJ, que aconteceu no Centro de Conhecimento da Água, da Sanasa, em Campinas (SP).

No evento, os visitantes tiveram acesso às discussões sobre a implantação de um índice regional de perdas nas Bacias PCJ e os investimentos que estão sendo projetados para essa área nas Bacias PCJ. Durante o encontro, o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, deu mais detalhes sobre o sistema gestão no Brasil, além de pontuar mais sobre a história do Grupo de Perdas da entidade.

Ao final do evento foi apresentado o documento “Carta de Campinas”, no qual se destaca a urgência de socorro financeiro aos serviços de água e intensificação de investimentos no combate às perdas hídricas.

Os exemplos da mais nova associada ao Consórcio PCJ, a Goodyear

No período da tarde, a comitiva se deslocou, novamente, ao município de Americana (SP), onde foram conhecer os trabalhos da mais recente empresa associada ao Consórcio PCJ, a Goodyear. Na planta da multinacional do setor de pneus, os peruanos conheceram a história da empresa no Brasil e as ações de socioambientais. Na visita técnica, conheceram a estação de tratamento de água e de efluentes.

O coordenador da Comitiva, Stephan Dohm, comentou que as visitas superaram as expectativas de todos. “Chamou a atenção a responsabilidade ambiental demonstrada tanto pelo setor privado quanto o público, além do trabalho do Consórcio PCJ nessa interlocução”, comentou.

O consultor da Comitiva, o francês Nicolas Bourlon, agradeceu a recepção do Consórcio PCJ e disse acreditar que as experiências às quais eles tiveram ac

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