Chuvas voltam a acontecer acima da média nas Bacias PCJ, mas vazões dos Rios e reservatórios seguem em níveis baixos

Após 7 meses, precipitações voltam a ficar acima da média histórica em setembro, no entanto, recarga das fontes de água está lenta.

Cenários estudados pelo Consórcio PCJ apontam que o Sistema Cantareira não deve sair da faixa de alerta em 2022

O Consórcio PCJ disponibilizou nessa semana o seu Boletim Mensal sobre a Disponibilidade Hídrica nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, com base no monitoramento dos dados sobre precipitações, vazões dos rios, previsão do tempo e volume de água armazenada nos reservatórios do Sistema Cantareira, referente ao mês de setembro. O documento mostra que as chuvas foram 70,4% acima da média histórica em toda a bacia, porém, ainda não foram suficientes para ampliar as vazões dos rios da região, que estão abaixo do esperado para o período.

Na área de recarga do Sistema Cantareira – complexo de reservatórios que abastece as Bacias PCJ e a capital de São Paulo – também apresentou precipitações acima do esperado para o mês de setembro, em torno de 47,6%. As chuvas não foram suficientes para evitar a tendência de queda do volume armazenado no sistema, que caiu 0,79%, num cenário de estabilidade.

A equipe técnica do Consórcio PCJ estudou quatro cenários tendenciais para o comportamento do Sistema Cantareira, desde o mais otimista até o mais pessimista, levando em conta o volume das precipitações e as previsões de chuvas. Em todos, os reservatórios permanecerão dentro da faixa de alerta, ou seja, entre 30 e 40% de volume armazenado, até o final de 2022. Essa tendência preocupa os técnicos para as reservas de água necessárias para atravessar a estiagem de 2023. O ideal é que ao final de abril, o Cantareira esteja operando acima de 60% para não haver riscos.

A conclusão do documento atenta que os próximos meses serão de chuvas próximo ou acima à média histórica, mas que o comportamento dos volumes de armazenamento de água e recarga do lençol freático, com as vazões menores que o esperado, preocupam os técnicos quanto à disponibilidade hídrica para o período seco do próximo ano.

O Consórcio PCJ mantém sua orientação de alerta com medidas de sensibilização acerca da preservação e uso racional dos recursos hídricos, além de desenvolver medidas preventivas e de contingenciamento para possíveis cenários de agravamento climatológico e hídrico, especialmente para o período de estiagem de 2022. A entidade ainda reforça a necessidade de municípios e empresas manterem grupos de discussão ou Comitê de Crise para debater ações que permitam se preparar para cenários de redução da disponibilidade de água.

O Boletim da Disponibilidade Hídrica das Bacias PCJ é disponível apenas à municípios e empresas associados ao Consórcio PCJ. Se vc é um associado e ainda não recebeu por e-mail, solicitá-lo pelo e-mail saneamento@agua.org.br

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