Vazões dos rios também seguem abaixo da série histórica e Sistema Cantareira fecha o mês com 21% de volume útil, permanecendo na “Faixa 4 – Restrição”
O Boletim Hidrológico divulgado pelo Consórcio PCJ apresenta os dados de referência de novembro de 2025, mês em que a média de precipitação nas Bacias PCJ foi de 116,5 mm, valor 18,7% inferior à média histórica de 143,4 mm. O período registrou 19 dias sem chuva expressiva, configurando novembro como o décimo mês do ano com índices pluviométricos abaixo do esperado. O maior registro de chuva ocorreu no dia 2, com média de 43,3 mm. Entre os postos monitorados, o maior volume foi registrado no Rio Corumbataí, em Rio Claro (182,0 mm, 5,3% acima da média), enquanto o menor índice apareceu no Rio Jaguari, em Cosmópolis (64,5 mm, 57,6% abaixo da média).
As vazões médias dos rios das Bacias PCJ também ficaram abaixo da série histórica, repetindo o comportamento observado ao longo do ano. Nos nove pontos monitorados, as vazões médias ficaram 53,7% abaixo do valor histórico.
O Sistema Cantareira continuou com a redução no volume armazenado, encerrando novembro com 21% de volume útil. Assim, sua condição de operação permanece na “Faixa 4 – Restrição” (20% ≤ Vol < 30%), muito próxima do limite inferior. As precipitações no sistema totalizaram 108,2 mm, 28,2% abaixo da média histórica de 150,6 mm. Segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA), a vazão natural de afluência atingiu 16,86 m³/s, cerca de 50% da média histórica (33,55 m³/s), indicando leve melhora na comparação com setembro e outubro que foram 38% e 42% respectivamente.
Ao longo do mês, foram mantidas as operações de bombeamento para transpor as águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Igaratá) para os reservatórios do Sistema Cantareira (Atibainha), iniciadas em maio de 2024. Essa ação contribui com a contenção de quedas mais acentuadas no volume reservado de água no Sistema Cantareira, frente às vazões de retirada para as Bacias PCJ e a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
O Consórcio PCJ reforça a necessidade de monitoramento contínuo das condições hidrológicas e climáticas, da ampliação das estruturas de armazenamento de água bruta e da promoção de ações de conscientização para o uso sustentável da água.
Para mais detalhes, baixe o boletim na íntegra: