Chuvas deixam cidades da região das bacias PCJ em alerta devido às vazões dos rios

20/01/2012

Ações de prevenção e a criação de um volume de espera paras as cheias no Sistema Cantareira tem se mostrado eficiente

As cidades das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), entraram em alerta devido às altas vazões nos rios que cruzam a região por causa das chuvas dos últimos dias. O Secretário Executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, concedeu entrevista na última terça-feira (17) à emissora de televisão EPTV/Campinas esclarecendo as ações promovidas pelo Grupo de Eventos Extremos da entidade com o objetivo de atenuar os impactos das fortes chuvas. Lahóz, também esclareceu que as vazões dos rios da região não tem qualquer ligação com o Sistema Cantareira, que nesse momento está funcionando como amortizador das cheias, retendo em suas represas os volumes das chuvas nas cabeceiras das bacias PCJ.

O rio Piracicaba e o rio Atibaia são os que despertam mais atenção. O primeiro alcançou a vazão de 605 m3/s na manhã dessa quarta-feira, dia 18, com o rio chegando 4,97 metros, quando na estiagem o curso d’água apresenta vazões de 40 m3/s. Já o rio Atibaia, alcançou 88 m3/s e 2,18 metros, também acima dos 12 m3/s que o rio chega a apresentar na estiagem.

No entanto, as altas vazões não estão sofrendo qualquer interferência do Sistema Cantareira, que está com sua capacidade de armazenamento de água a 70%, liberando apenas 2,13 m3/s para as bacias PCJ. Na última estiagem a Sabesp liberou vazões maiores para a região com o objetivo de aumentar a disponibilidade hídrica das bacias PCJ na estiagem e de, também, criar um volume de espera nas represas do sistema, ou seja, gerar espaço para retenção de altas vazões dos rios de cabeceira das bacias PCJ durante a época de chuvas, funcionando desse modo como um amortizador de cheias.

Só nessa terça-feira (17), choveu em Piracicaba, 29 milímetros e na região de Campinas, onde há o ponto de telemetria no rio Atibaia, 51 milímetros. A estação Meteorológica situada no Centro de Referência em Gestão e Preservação dos Recursos Hídricos, onde é a sede do Consórcio PCJ, registrou 44 milímetros de chuva.

Em sua entrevista, o Secretário Executivo do Consórcio PCJ atentou que “esse ano foram realizadas todas as ações de prevenção possíveis para evitar transtornos para a população. O Consórcio PCJ, através de seu Grupo de Eventos Extremos incentivou nos municípios a limpeza das calhas dos rios, desobstrução de bueiros além de trabalhar ações de educação ambiental, disse Lahóz.

A entidade participou ativamente das negociações para liberação de vazões maiores para as Bacias PCJ na estiagem que aumentassem a oferta de água na época e criasse o volume de espera para o armazenamento das águas das chuvas de verão, funcionando assim, como um amortizador de cheias. Em setembro de 2011, o Sistema Cantareira, que estava com 80% de sua capacidade de armazenamento, chegou a liberar 12 m3/s para a região.

Lahóz também lembrou ao canal de TV que está sendo estudado a implantação de dois reservatórios do porte da represa de Cachoeira do Sistema Cantareira, um na cidade de Jaguariúna e outro em Amparo, que regularizarão 6m3/s para as Bacias PCJ, além de funcionarem como amortizador de cheias. As represas deverão ser construídas nos rios Jaguari e Camanducaia.

Ações de prevenção e a criação de um volume de espera paras as cheias no Sistema Cantareira tem se mostrado eficiente

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