A Cidade do México está recebendo nessa semana o I Congresso Latino-americano e V Congresso Nacional de gerenciamento de bacias hidrográficas. Na última terça-feira, dia 29, o case de interlocução do Consórcio PCJ com os diversos setores de usuário da água e o papel de promoção de políticas públicas voltadas à gestão de recursos hídricos foi enaltecido como um modelo a ser seguido, durante a mesa de debates “Perspectivas Nacionais e Regionais de gerenciamento integral de bacias hidrográficas: desafios compartilhados nas Américas”.
A apresentação foi feita pelo gerente de sensibilização e comunicação da entidade, Murilo Ferreira de Sant’Anna, na mesa que teve ainda as presenças de Maximiliano Campos, chefe da seção de gestão integrada de recursos hídricos do Departamento de Desenvolvimento sustentável da Organização dos Estados Americanos (OEA), de Jean François Donzier, secretario honorário geral da Rede internacional de Organismos de Bacias (RIOB), de Ramón Morga Saraiva, presidente Conselho da Bacia do Rio Bravo, tendo como moderador o Presidente da Rede Latino-americana de Organismos de Bacias (RELOB), Roberto Olivares.
O gerente de sensibilização e comunicação do Consórcio PCJ abordou a capacidade de integração que a entidade possui de em promover o debate pactuado entre os usuários de água nas bacias PCJ, portanto, entre o setor privado, público, comunidade e setor rural, além do diálogo com todos os atores do sistema de gerenciamento de recursos hídricos. “O sucesso da gestão nas bacias PCJ se deve ao poder do diálogo, da capacidade de todos os usuários e atores do sistema em estabelecer pactos em prol do desenvolvimento sustentável de nossa região, todos entendem que sem água não há futuro”, apontou Sant’Anna.
O representante da OEA, Maximiliano Campos, ficou muito interessado pelo trabalho realizado pelo Consórcio PCJ sobre as ações de contingenciamento para eventos extremos, quando da crise hídrica e também para o combate de secas atualmente, como o cases dos piscinões ecológicos e bacias de retenção.
O presidente do Conselho da Bacia do Rio Bravo comentou que a capacidade do Consórcio PCJ em transitar em diferentes setores do sistema de gerenciamento pode servir de exemplo para a gestão transfronteiriça do Bravo, que envolve ainda desafios de debates políticos entre países, já que a bacia é dividida entre México e os Estados Unidos.
Donzier, da RIOB, atentou que a gestão das bacias PCJ entre São Paulo e Minais Gerais, assim como a divisão das águas do Sistema Cantareira são verdadeiramente tão complexas que se assemelha à uma gestão transfronteiriço.
Sant’Anna ainda abordou o esforço do Consórcio PCJ em investir na capacitação dos envolvidos com o gerenciamento de recursos hídricos e a experiência da implantação da Escola da Água, que pretende aprimorar também a gestão de saneamento e melhorar os resultados nas bacias PCJ. “É importante defendermos a gestão por bacia hidrográfica, como também a capacitação permanente das pessoas envolvidas com o sistema e a capacitação das novas gerações, para que o trabalho tenha sempre continuidade e com primazia”, atentou.
No período da tarde, o gerente de sensibilização e comunicação do Consórcio PCJ participou de Reunião de negócios com entes mexicanos com a OEA, com o objetivo de aprimorar o desenvolvimento da gestão de recursos hídricos na bacia do Rio Bravo, onde o intercâmbio de experiências com o modelo brasileiro, em especial o das bacias PCJ, foi negociado.
O I Congresso Latino-americano e V Congresso Nacional de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas acontece até a próxima Quinta-feira, dia 31. O Consórcio PCJ participa como convidado e membro da Relob, da qual ocupa a vaga de vogal na diretoria da rede.