Campinas economiza 370 milhões de litros de água em um ano com parceria com empresas de tecnologia

Cidade foi escolhida para firmar a primeira parceria global estabelecida entre Sanasa, Microsoft e Amanco

O município de Campinas, associado ao Consórcio PCJ, e a empresa Sanasa, também associada à entidade, divulgaram na última semana, dados relevantes sobre a economia de água obtida com o uso de inteligência artificial e sensores instalados em metade da rede de distribuição. Em apenas um ano, foram poupados 370 milhões de litros de água tratada, volume equivalente ao consumo de toda a cidade por um dia e meio.

A tecnologia identifica variações no fluxo de água nos canos, o que ajuda a localizar vazamentos com mais rapidez e a reduzir a retirada de água do Rio Atibaia, principal fonte de abastecimento da cidade. Este projeto conta com três parcerias: SANASA, Microsoft e Amanco, no qual a cidade de Campinas foi escolhida para firmar a primeira parceria global entre as três empresas.

Para o prefeito Dário Saadi, os resultados são significativos. “A última medição apontou 17% do índice de perdas de água tratada na distribuição. Para se ter uma ideia, a média brasileira é em torno de 40% e, na região de Campinas, há cidades que ultrapassam 50%. Esses dados são importantes e fantásticos do ponto de vista da economia de água”, destacou o prefeito. 

O objetivo do trabalho desenvolvido entre as empresas é reduzir ainda mais o índice de perdas na distribuição (IPD) de água da cidade, que hoje está em 17%, abaixo da média nacional, que é de 40,3%. Ao reduzir as perdas na rede de distribuição, diminui-se também o volume de água retirada do Rio Atibaia para abastecer a população.

“Quando a Sanasa iniciou o Programa de Redução de Perdas, em 1994, eram retirados aproximadamente 116 bilhões de litros de água dos rios a cada ano. Em 2024, com uma população 50% maior, captamos 107 bilhões de litros dos rios”, afirmou o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior.

Vale destacar que, além dessa medida para o combate a perdas, a Sanasa substituiu, nos últimos quatro anos, 473 km de redes antigas por novas, fabricadas em polietileno de alta densidade, um material ultra resistente que evita rompimentos e vazamentos.

Para se chegar à economia de 370 milhões de litros de água, foram instalados sensores em 1.137 pontos espalhados por Campinas, onde o monitoramento da pressão e da vazão do sistema de distribuição de água tratada é realizado de hora em hora. Associado ao uso de inteligência artificial, esses equipamentos permitem um diagnóstico mais ágil e antecipado de possíveis pontos de perda nas redes de distribuição, fazendo com que as equipes possam atuar preventivamente. “Essa economia de água representa, em termos financeiros, aproximadamente R$ 1,5 milhão”, completou Manuelito.

Para o presidente da Amanco-Wavin, Sergio Costa, os objetivos foram alcançados de forma satisfatória neste primeiro ano de parceria. “A gente vislumbra o progresso dessa economia ao longo de uma parceria de 10 anos”, concluiu o Sergio.

Os custos da parceria são cobertos pela Microsoft, portanto, totalmente sem encargos para a Sanasa, que terá, por uma década, toda a tubulação de Campinas monitorada com sensores e softwares que usam inteligência artificial capazes de fazer uma atuação preventiva e preditiva.

ENTENDA O PAPEL DE CADA EMPRESA 

SANASA: companhia responsável pelo abastecimento de Campinas (SP) e beneficiária da parceria entre Microsoft e Amanco Wavin. O município foi escolhido por estar em uma região com histórico de escassez hídrica, marcada por sete secas na última década e forte dependência da bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), que responde por mais de 70% do abastecimento de água do estado. 

Amanco Wavin: é responsável pela tecnologia que torna o projeto possível. A empresa desenvolveu e opera o Serviço de Gestão de Redes de Água e Esgoto, solução inteligente que monitora continuamente as redes, identifica perdas e orienta ações preventivas para aumentar a eficiência hídrica.

Microsoft: responsável pela iniciativa, tendo como projeto alcançar a meta global de ser positiva em água até 2030, apoiando-se em cinco pilares: reduzir consumo nas operações, repor mais água do que usa em regiões prioritárias, ampliar acesso a água e saneamento, impulsionar inovação via digitalização e apoiar políticas públicas de gestão hídrica.

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