Estudo do Trata Brasil revela que o desperdício do recurso hídrico no país é suficiente para abastecer mais de 66 milhões de brasileiros em um ano
Um novo estudo do Instituto Trata Brasil chama a atenção para a quantidade de água perdida nos sistemas de distribuição no país. Hoje, o Brasil desperdiça o equivalente a 7,8 mil piscinas olímpicas de água tratada diariamente. Considerando apenas os 60% deste volume, que estão relacionados aos vazamentos, é uma quantidade suficiente para abastecer mais de 66 milhões de brasileiros em um ano, pouco mais de 30% da população brasileira em 2020.
O estudo “Perdas de água potável (2022, ano base 2020): desafios para disponibilidade hídrica e avanço da eficiência do saneamento básico no Brasil” revela também, que, o volume desperdiçado seria mais que suficiente para levar água aos quase 35 milhões de brasileiros que até hoje não têm acesso ao recurso, nem para lavar as mãos.
Engajada em reverter essa realidade nos municípios em que opera, a BRK, empresa responsável pelos serviços de água e esgoto em Limeira e associada ao Consórcio PCJ, realiza um trabalho contínuo e estruturado, voltado exclusivamente ao controle de perdas.
No início da concessão, em 1995, o índice de perdas de água na cidade era de 45%. Com investimentos na modernização de redes, trabalho intenso de mapeamento de áreas mais sensíveis e um corpo técnico que aplica tecnologia para identificar esses vazamentos, a concessionária conseguiu reduzir o índice de perdas para 19,67% (média de 2021). Outro fator que contribuiu para a redução desse índice é o trabalho da equipe comercial com a troca dos hidrômetros que já tem mais de cinco anos de uso, conforme prevê o INMETRO, com o objetivo de garantir o bom funcionamento do mesmo e evitar submedição e fraudes.
A concessionária executa a setorização do abastecimento de água, que consiste em designar redes específicas para abastecer cada região da cidade, permitindo a gestão e controle na distribuição. Com isso, a identificação dos vazamentos de água se torna mais ágil. Além disso, a empresa fez a substituição de aproximadamente 9 quilômetros de redes e de 1.200 ramais, e instalação de equipamentos para monitoramento das pressões no sistema de distribuição de água, com o intuito de identificar possíveis alterações e reduzir vazamentos na rede.
Se em 2021 o índice de perdas de água de Limeira ainda fosse de 45%, cerca de 6 bilhões de litros de água teriam sido perdidos ao longo do ano. A economia, então, proporcionada com a redução das perdas para 19,67% foi fundamental para que Limeira enfrentasse o extenso período de estiagem do ano passado. Os 6 bilhões de litros que deixaram de ser captado dos mananciais, preservando o meio ambiente, seriam hoje, suficientes para abastecer todo o município, que possui atualmente 308 mil habitantes, por 111 dias ou quase 3,5 meses.
Além disso, desde 2002, Limeira tem mantido o índice de perdas de água abaixo dos 20%, sendo, inclusive, listado em 4ª colocação no Ranking do Saneamento 2022 (no quesito perdas de água) e 6º na colocação geral, no estudo que avalia os indicadores de saneamento nas cem maiores cidades brasileiras.
“Mais do que garantir um atendimento de excelência, a BRK é promotora de uma cultura do cuidado com os recursos hídricos. Realizamos um trabalho de gerenciamento, em conformidade com uma necessidade mundial, que é a de garantir a disponibilidade de água potável e o saneamento para todos, pois, esses são direitos básicos que qualquer cidadão deve ter acesso e são reconhecidos pela ONU. Nesse sentido, investimos em muita tecnologia para buscar formas de identificar e corrigir vazamentos com mais agilidade, porque sabemos que isso tem um impacto ambiental muito significativo”, afirma Rogério Lima, Gerente de Operações da BRK em Limeira.
Texto e Foto: Nathalia Lopes – BRK Comunicação Regional SP
