Dar uma nova finalidade aos resíduos sólidos gerados no decorrer dos processos de produção e conformação do aço, é um dos principais objetivos da unidade piracicabana da siderúrgica ArcelorMittal, e consorciada ao Consórcio PCJ. Com investimentos em pesquisas e estudos relacionados à gestão ambiental, a empresa tem conseguido dar a este tipo de material o status de produto, viabilizando novas aplicações e geração de receita.
O exemplo mais recente é o da carepa, resíduo industrial composto basicamente por óxido de ferro, gerado no lingotamento contínuo e na laminação, locais onde são produzidos tarugos e vergalhões, respectivamente. A equipe de Engenharia e Meio Ambiente da empresa empenhou-se em qualificar a carepa para uso e, ao mesmo tempo, desenvolver clientes potenciais que poderiam vir a aproveitá-la como um produto.
A iniciativa deu tão certo que, atualmente, a procura pela carepa já é maior que a oferta e está sendo necessário sistematizar a comercialização em cotas para conseguir atender a todos os clientes.
A carepa pode ser utilizada de diversas formas, como na fabricação de cloreto férrico, produto utilizado no tratamento de águas industriais e saneamento básico; no processo de sinterização para produção do ferro gusa e também na fabricação de compostos especiais com aplicação em produtos de fricção e abrasivos.
“Como é composta quase que integralmente por óxido de ferro, a carepa tem aplicabilidade técnica e grande potencial de comercialização, pois, em determinadas aplicações, pode ser mais vantajosa para a empresa que a utilização do minério de ferro, matéria prima em estado bruto que ainda precisa passar por todo um processamento até que se obtenha a qualificação necessária para uso”, explica o especialista de Meio Ambiente da ArcelorMittal Piracicaba, José Alencastro de Araújo.
Assessoria de Comunicação da ArcelorMittal