A Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) revogaram a autorização para o uso do volume morto no Sistema Cantareira. A medida foi publicada ontem, no dia oito de março, no Diário Oficial da União e adotada devido à recuperação dos volumes do sistema no período de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016.
A ANA e o DAEE também basearam a decisão em simulações de evolução do armazenamento do Sistema Cantareira até dezembro de 2016 que indicam que não haverá necessidade de utilizar os volumes armazenados nos reservatórios que integram o sistema, situados abaixo dos níveis mínimos operacionais, ou seja, abaixo da captação por gravidade.
O uso da primeira e da segunda cota da reserva técnica (volume morto) do Sistema Cantareira foi autorizado em 2014, no auge da crise hídrica em São Paulo. O sistema abastece, atualmente, cerca de 5,4 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo, e outras 5,5 milhões de habitantes nas Bacias PCJ. Antes do início da crise de abastecimento, o Cantareira garantia água para quase 9 milhões de pessoas em toda a Grande São Paulo.
Desde maio de 2014 o volume morto ajudou a garantir o abastecimento das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas e a enfrentar a crise hídrica.
O Consórcio PCJ tem participado ativamente dos assuntos relacionados ao Sistema Cantareira participando de encontros com órgãos gestores, realizando calendário de discussões e, principalmente, sugestões que devem ser observadas na renovação da outorga do mesmo, prevista para ocorrer em maio de 2017, após sucessivos adiamentos.