As chuvas dos últimos dias ainda não foram suficientes para amenizar os reflexos da estiagem nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Com base nos dados sobre chuva, vazão dos rios, e a necessidade de mais água para não comprometer o abastecimento, a Agência Nacional de Águas acatou a solicitação da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ e autorizou a liberação de até 11m3/s dos reservatórios do Sistema Cantareira para as Bacias PCJ, caso necessário para o mês de novembro.
Para se ter ideia do tamanho da estiagem que a região está vivendo, o Rio Piracicaba na primeira semana de novembro de 2012, apresentava vazões com variações entre 50 e 100m3/s. Já no mesmo período em 2013, o Rio está apresentando vazões entre 29 e 50m3/s. Alguns municípios das Bacias PCJ tiveram de interromper suas captações devido a problemas relacionados a qualidade ou de quantidade de água para tratamento.
Atualmente, o Sistema Cantareira está enviando 7,9m3/s para a região e 26,64m3/s para a Grande São Paulo. Segundo o Comunicado da ANA, a diferença entre a vazão de retirada do PCJ e a vazão limite autorizada (11,0 m³/s), ou seja, mais de 3m3/s adicionais, será considerada como uma deliberação dos órgãos gestores (DAEE e ANA) e não do Banco de Águas, haja vista que o banco de águas das Bacias PCJ já foi praticamente todo utilizado.
A ANA determinou que as represas do Jaguari/Jacareí irão liberar 3,5m3/s, a do Cachoeirinha 3,5m3/s e a do Atibainha 4m3/s. Caberá à CT-MH, agora, com base nas previsões meteorológicas, nas necessidades dos municípios e empresas decidir quando e quanto irá precisar da água do Cantareira. Isso pode acontecer em qualquer e momento, mesmo antes da reunião que delibera sobre essas vazões que acontece sempre na última semana do mês.
No entanto, as chuvas também não estão acontecendo nas cabeceiras das Bacias PCJ, o que tem comprometido a recarga do Sistema Cantareira. Hoje, o Sistema opera a 35,40% da sua capacidade, quando no mesmo período há um ano os reservatórios estavam em 54%.
O Consórcio PCJ, em reunião da CT-MH no mês de agosto havia sugerido que a Câmara naquela época já informasse à ANA sobre a situação da estiagem na região e que muito provavelmente o Banco de Águas do PCJ seria utilizado por completo, acarretando a necessidade de vazões adicionais. A CT-MH deliberou a solicitação de vazões adicionais junto que a ANA que respondeu no último dia cinco de novembro, por meio do Superintendente de Usos Múltiplos da Agência, Joaquim Gondim.
Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ