A pior estiagem nos últimos 80 anos tem deixado municípios no interior do Estado de São Paulo em alerta quanto à necessidade de racionamento no consumo de água e à Grande São Paulo preocupada com o comprometimento significativo do Sistema Cantareira, responsável por 50% do seu abastecimento. Enquanto isso, o município associado ao Consórcio PCJ, Limeira (SP), até o momento, o abastecimento segue normalmente. A cidade tem o beneficio de optar entre dois mananciais de captação: o Rio Jaguari e o Ribeirão Pinhal, por meio de monitoramento nas vazões e qualidade de ambos.
A falta de chuva gerou reflexos significativos na vazão dos Rios. Em março de 2013, a vazão do Rio Jaguari foi de 63 m³/s e no mesmo mês desse ano, 18 m³/s. Esses dados se referem ao ponto de monitoramento próximo à captação de água de Limeira, tendo como fonte a Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ. Neste ano o maior volume de água para o abastecimento de Limeira está sendo extraído do Ribeirão Pinhal, cuja vazão média tem sido de 3 m³/s.
Em fevereiro de 2014, 77% da água que abasteceu o município foi captada no Pinhal e 23% no Jaguari. Já em março, 93% da captação foi feita no Pinhal e apenas 7% no Jaguari. A decisão pelo manancial de captação é baseada em análises de qualidade e quantidade de água. A concessionária realiza coletas nos dois mananciais e analisa as informações em tempo real, decidindo pela melhor fonte.
A captação no Pinhal é possível porque para abastecer Limeira é necessário menos de 1 m³/s enquanto que o volume médio de captação é de 0,80 m³/s, chegando ao pico de 0,93 m³/s, como ocorreu nos primeiros meses do ano, quando as temperaturas estavam muito altas. A concessionária tem autorização para captar 1,2 m³/s, conforme outorga da ANA (Agência Nacional de Águas). A diferença de 0,4 m³/s, para menos está relacionada ao baixo índice de perda de água e representa a gestão eficiente da concessionária e ganho para o meio ambiente.
O diretor de concessão da Odebrecht Ambiental, Tadeu Ramos, explica que, embora as vazões dos mananciais tenham diminuído consideravelmente de um ano para outro, o volume de água tem sido suficiente para abastecer a cidade. No entanto, o acompanhamento deve ser constante, principalmente no período de estiagem, comum no outono e no inverno. “Limeira vive uma situação privilegiada se comparada às outras cidades da região. Estamos atentos às vazões dos rios e por enquanto não identificamos um cenário que comprometa o abastecimento da cidade”, tranquiliza o diretor.
Baixo índice de perdas
Limeira se beneficia hoje por ser exemplo de gestão eficiente no que diz respeito ao abastecimento de água. A cidade apresenta o menor índice de perdas do país, cerca de 15%. Parte desse resultado é atribuída aos investimentos realizados ao longo do tempo, especialmente no controle de vazamentos, que costumam ser reparados em até quatro horas após sua identificação. O uso racional da água também é responsabilidade das concessionárias de serviços de água e esgoto. A média do índice de perdas de água no sistema de abastecimento no Brasil é de 40%. Com um baixo índice de perdas, a cidade consegue manter o abastecimento captando menos água dos mananciais e, com isso, é possível manter a regularidade do fornecimento de água, sem prejudicar o meio ambiente.
Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ