Água de reuso como alternativa hídrica

A Sanasa, empresa associada ao Consórcio PCJ, recebeu na última quinta-feira, dia 15, o Professor Dr. Ivanildo Hespanhol, do Centro Internacional de Referência do Reuso da Água – CIRRA – da Universidade Estadual de São Paulo (USP), que apresentou um relatório preliminar sobre o estudo para água de reuso. A apresentação ocorreu durante o seminário sobre o Plano de Segurança da Água. Representando o Consórcio PCJ, estiveram presentes a subsecretária executiva, Jussara Cordeiro, e o Gerente de Sensibilização e Comunicação, Murilo Sant’Anna.
O amplo estudo sobre a utilização da água de reuso como futura alternativa para os municípios que compõem as Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ) está sendo desenvolvido em uma estação piloto montada dentro da Estação Produtora de Água de Reuso (EPAR-Capivari II). O contrato, no valor de R$ 758 mil para o projeto coordenado pelo Professor Ivanildo, foi assinado em setembro do ano passado pela Sanasa, Agência das Bacias PCJ e Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas (Fundespa).

Patrocinado pela Agência PCJ, o estudo teve início em abril deste ano. A estação piloto é equipada com sistemas como osmose reversa, peróxido de hidrogênio, ozônio, raio ultravioleta, carvão ativado e carvão biologicamente ativado. A partir da associação de todos esses sistemas, a pesquisa avalia qual a melhor performance técnica e econômica para se atingir a qualidade segura da água resultante.img_0662

O primeiro relatório aponta que a qualidade da água de reuso produzida pela EPAR atende, em linhas gerais, aos parâmetros estabelecidos pela Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, que se aplica à água destinada ao consumo humano. O estudo realizado até agora avaliou a presença ou não de N-NDMA (composto solúvel que ataca o fígado) e de toxidade aguda ou crônica. O cronograma incluiu ainda um teste de AMES, substância que pode causar mudanças genéticas no organismo.

A próxima etapa, adiantou o Professor Ivanildo, consistirá em análises para detectar possíveis fármacos ou hormônios em amostras coletadas. “Eu vejo a continuidade deste estudo como de grande importância para termos mais argumentos para convencer os órgãos reguladores a licenciarem a potabilidade da água de reuso”, destacou o coordenador do projeto. “Temos qualidade para tratar e certificar, vamos distribuir uma água segura”, afirmou.

O pesquisador da USP apontou ainda para a necessidade de conscientizar a população, que hoje apresenta resistência ao fato de tomar uma água que já foi esgoto. “A água não deve ser avaliada pela sua história, mas sim pela q2266_4ualidade”, esclareceu.

Durante a abertura do seminário, o presidente da Sanasa, Arly de Lara Romêo, explicou a importância deste projeto. “Culminará com um novo protocolo de utilização da água de reuso. Nossa empresa é pioneira em avançar nesta questão, o ciclo da água precisa ser respeitado e colocado em prática, e ninguém melhor que o Professor Ivanildo para validar esse processo, que vai servir de exemplo para todo o País”.

Antes da apresentação do relatório, a gerente de Integração e Desenvolvimento Tecnológico, Adriana Isenburg, fez uma apresentação sobre a implementação do Plano de Segurança da Água em Campinas. Em seguida, o coordenador do setor de Análise de Desempenho de Sistemas e Cadastro Técnico, Ivan de Carlos, apresentou as ações de controle de perdas. O seminário também contou com a participação do gerente de Operação de Esgoto, Renato Rossetto, que falou sobre o sistema de esgotamento sanitário de Campinas.

Texto: Assessoria de Imprensa – Sanasa

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