Ações de Reflorestamento em Municípios e Empresas Associadas receberam 15.050 mudas apenas nos cinco primeiros meses de 2023, o que representa 9 ha de área recuperada
Balanço feito pelo Consórcio PCJ das ações do seu Programa de Proteção aos Mananciais entre janeiro e maio de 2023, sobre doações de mudas e apoio aos viveiros municipais parceiros, mostrou que as 15.050 mudas de árvores nativas doadas para projetos de reflorestamento em Municípios e Empresas associados permitiu a recuperação florestal de uma área de 9 ha (hectares), que tem potencial para permitir a ampliação da infiltração da água das chuvas em 8,12 mil m³/ano. Isso significa que os plantios ampliaram a capacidade de recarga dos mananciais e da disponibilidade hídrica nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Somente no mês de maio, foram autorizadas para doação 5.400 mudas nativas que atenderam projetos e ações dos municípios de Americana, Analândia, Saltinho e Santa Bárbara d’Oeste, além das empresas associadas, Klabin e Sabesp.
Além das doações de mudas nativas, o Programa do Consórcio PCJ realiza apoio aos viveiros municipais parceiros e aos municípios que desejam implantar ou reestruturar viveiros e matrizeiros. Cursos de capacitação sobre produção de mudas e apoio técnico também são oferecidos pela entidade aos municípios e empresas associados.
As 15.050 mudas nativas disponibilizadas em 2023 ainda permitiram o sequestro de 22 toneladas de carbono da atmosfera, combatendo, assim, o efeito estufa e o aquecimento global, o que atende, igualmente, ao preconizado pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, em especial, o ODS 13 “Ação contra a Mudança Global do Clima” e o ODS 15 “Vida Terrestre”, além, é claro, de interface com o ODS 6 “Água e Saneamento”.
No total, somente esse ano foram atendidos pelo programa, além dos associados já mencionados anteriormente, os municípios de: Bragança Paulista, Corumbataí, Cordeirópolis, Louveira, Piracaia, Rio Claro e Santo Antônio de Posse; a empresa, ArcelorMittal, além de parceiros, como a Universidade Estadual Paulista (UNESP) e o Instituto de Estudos do Vale do Tietê (INEVAT).
Com o devido apoio técnico, os municípios e empresas associados, têm recebido orientações do Programa do Consórcio PCJ sobre transporte, armazenamento e plantios, evitando, dessa maneira, o número de mortalidade das mudas plantadas. É importante atentar que a partir de o Mês de abril iniciou-se o período de estiagem, não sendo o melhor período para plantios em projetos em grandes áreas. Por isso, a demanda fica reduzida por doações nessa época, com solicitações em sua maioria para manutenção de projetos já em andamento ou ações de sensibilização ambiental.
“O Consórcio PCJ é referência no plantio de mudas nativas em área de matas ciliares e os associados podem contar com todo o apoio técnico fornecido pela entidade para que os projetos de reflorestamento obtenham o máximo de sucesso na formação de bosques, florestas e matas para a proteção de nascentes e de nossos mananciais, contribuindo assim, para a qualidade e disponibilidade da água da nossa bacia”, comenta o Vice-presidente do Programa de Proteção aos Mananciais e Diretor de Mananciais da DAE Jundiaí, Martim Ribeiro.
Com 32 anos de atuação, o Programa de Proteção aos Mananciais já realizou ações de recuperação florestal, por meio de patrocínios e fontes de recursos públicos para projetos, que possibilitaram o fornecimento de mudas, plantio e manutenção das áreas recuperadas por dois anos, quando um sub-bosque é formado e o local consegue seguir com seu processo de regeneração sozinho. Esses financiamentos possibilitaram o plantio de 5,5 milhões de mudas nas Bacias PCJ, durante essas mais de três décadas de atividades. Destas, 4 milhões foram plantadas por meio de projetos com financiamentos externos e 1,5 milhão resultante das parcerias entre o Consórcio PCJ e os viveiros municipais, com a adesão dos produtores rurais e projetos de condução direta ou indireta por ONGs e parceiros em geral.
“As ações de reflorestamento ciliar nas Bacias PCJ são importantíssimas para podermos recompor o déficit de cobertura florestal, mas o Consórcio PCJ além de motivar essas ações e projetos busca também sensibilizar a comunidade, empresas e o poder público sobre a importância das matas ciliares para a disponibilidade hídrica regional”, atenta o presidente da entidade e prefeito de Limeira (SP), Mario Botion.
Sobre o CONSÓRCIO PCJ
O Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) é uma associação de usuários de água, de direito privado e sem fins lucrativos, integrada por 41 municípios e 23 grandes empresas. A entidade possui independência técnica e financeira para a realização de atividades de recuperação e preservação dos mananciais das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, as Bacias PCJ (UGRHI 5).
Segundo o presidente da entidade e prefeito de Limeira (SP), Mario Botion, “nossa visão é a de contribuir para uma sociedade mais justa, economicamente viável e sustentável, que respeite a água em todos os seus usos e potenciais, em atenção às mudanças climáticas. Desta forma, nossa missão é a de integrar todos os setores da sociedade em prol da gestão eficiente da água, do saneamento e do meio ambiente”.
O Consórcio PCJ é referência nacional e internacional na gestão de recursos hídricos, membro de importantes instituições ligadas à área, como o Conselho Mundial da Água, as Redes Internacional, Latina e Brasileira de Organismos de Bacias (RIOB, RELOB e REBOB), além de ser o único representante das Bacias PCJ no Conselho Nacional de Recursos Hídricos.