Novos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) mostram uma desigualdade contínua e acentuada no acesso à água, saneamento e higiene (WASH), afetando principalmente mulheres e meninas.
O relatório de atualização de 2023 do Programa Conjunto de Monitoramento (JMP) da OMS e UNICEF, “Progresso no fornecimento domiciliar de água potável, saneamento e higiene de 2000 a 2022: foco especial em gênero”, compila dados sobre o progresso global em direção à conquista do acesso universal à água potável, saneamento e higiene. Ele também oferece uma análise aprofundada das desigualdades de gênero entre e dentro dos países, revelando os riscos específicos que mulheres e meninas enfrentam devido ao acesso inadequado e não seguro de água potável, saneamento e higiene.
Principais fatos do novo relatório:
- Água: Em 2022, 2,2 bilhões de pessoas ainda não tinham acesso seguro a água potável, incluindo 115 milhões de pessoas que consumiam água superficial.
- Saneamento: Em 2022, 3,5 bilhões de pessoas ainda não tinham acesso a saneamento gerenciado com segurança, incluindo 419 milhões que praticavam a defecação a céu aberto.
- Higiene: Em 2022, 2 bilhões ainda não tinham acesso a serviços básicos de higiene, incluindo 653 milhões sem nenhuma instalação.
- Saúde menstrual: Meninas adolescentes e mulheres que vivem em áreas rurais têm mais probabilidade de usar materiais reutilizáveis, ou nenhum material, para gerenciar a menstruação.
- Gênero: 1,8 bilhão de pessoas ainda não têm água potável em suas residências, e em dois terços dos lares, as mulheres são as principais responsáveis pela coleta de água.
Alcançar cobertura universal até 2030 exigirá um aumento de seis vezes nas atuais taxas de progresso para o abastecimento de água potável gerido de forma segura, um aumento de cinco vezes para o saneamento gerido de forma segura e um aumento de três vezes para os serviços de higiene básica.
O site do JMP, permite que os visitantes acessem interativamente o conjunto completo de dados e baixem arquivos individuais de cada país, que incluem todos os dados utilizados para produzir as estimativas.
Fonte: ONU