Fernando Bordrin, supervisor de meio ambiente da empresa, afirma que animais silvestres retornaram à região reflorestada
A Usina Ester, em Cosmópolis (SP), é uma das 24 empresas associadas ao Consórcio PCJ e recentemente recebeu apoio do Programa de Proteção aos Mananciais (PPM) da entidade para o plantio de 17 mil mudas, principalmente, na região da represa Pirapitingui, que abastece o município e faz divisa com a planta da empresa. E os resultados dessa parceria, que teve início há cerca de três anos, já se fazem notar, além do crescimento da mata ciliar em si. De acordo com o supervisor de meio ambiente da Usina, Fernando Bordrin, já é possível observar o reaparecimento de animais silvestres que não eram mais avistados na região.
Como membro do Conselho Diretor do Consórcio PCJ, a direção da Usina Ester passou a ter uma relação mais próxima com a entidade e conheceu melhor os serviços que ela presta para organizações públicas e privadas, e viu então uma oportunidade de parceria em alguns projetos. “A Usina sempre se preocupou com essa questão do reflorestamento, porque nos encontramos uma área de reserva legal e APP [área de preservação permanente]. Assim, fazemos plantios constantes, sejam espontâneos ou compensatórios, devido a uma dificuldade grande que a gente enfrenta que são as queimadas”, observa Bordrin. “No caso da parceria com o Consórcio PCJ temos usado as mudas para a recomposição de mata ciliar do Rio Jaguari, o Ribeirão Três Barras e o Rio Pirapitingui, sendo este último o principal lugar de plantio, porque congrega a represa que abastece o município”.
Parceria positiva
O reflorestamento foi feito com mão de obra da própria usina, que usa as mudas doadas pelo Consórcio PCJ para o plantio. A entidade também participa com o apoio técnico para que o reflorestamento seja realizado da maneira correta. “A gente precisa fazer plantio em área brejosa, com índice de umidade muito grande, onde se plantar qualquer tipo de muda ela não vai se desenvolver. Nesse caso, por exemplo, o Consórcio PCJ faz a intermediação com seus viveiros afiliados e ‘garimpa’ as mudas apropriadas para esse plantio específico. Isso é muito importante porque o tipo de reflorestamento é feito de acordo com a nossa necessidade, e sem um apoio técnico isso seria muito difícil”, reconhece.
Além de benefícios como o aumento de volume de água nos reservatórios e a proteção às nascentes, o supervisor acredita que a recomposição da mata ciliar é também responsável pelo retorno de animais silvestres como araras e tucanos àquela região. “Até mesmo onças já foram vistas pelos nossos funcionários e moradores da região. Aqui o bioma está sendo preservado, senão não haveria animais dessa espécie habitando ao nosso redor. A gente fica muito feliz com isso”, finaliza.