A região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí abrange áreas de 76 municípios dos quais 62 têm sede nas áreas de drenagem da região. Desses, 58 estão no Estado de São Paulo e 4 em Minas Gerais. Dos municípios que têm território na região PCJ e sede em outras bacias, 13 estão em São Paulo e 1 em Minas Gerais.
Com aproximadamente 5 milhões de habitantes, a região é considerada uma das mais importantes do Brasil devido ao seu desenvolvimento econômico, que representa cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) Nacional.
O grau de urbanização da população será crescente, passando de 93,2%, em 1996, para 96,8%, no ano 2020. A sub-bacia do rio Camanducaia terá o menor grau, passando de 73,4%, em 1996, para 84,0%, em 2020. A região da bacia do rio Jundiaí terá o maior grau, passando 95,6%, em 1996, para 98,8%, em 2020.
O grau de urbanização da população será crescente, passando de 93,2%, em 1996, para 96,8%, no ano 2020. A sub-bacia do rio Camanducaia terá o menor grau, passando de 73,4%, em 1996, para 84,0%, em 2020. A região da bacia do rio Jundiaí terá o maior grau, passando 95,6%, em 1996, para 98,8%, em 2020.
Essas tendências aliadas à importância geoeconômica da região levaram ao processo, ora em andamento, de criação da Região Metropolitana de Campinas, que integrará 18 municípios da área: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Itatiba, Indaiatuba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio da Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.
A bacia do rio Piracicaba possui um desnível topográfico acentuado, chegando a 1.400m ao longo de uma extensão de 250 km – ou desde suas cabeceiras na serra da Mantiqueira, quando alcança uma altitude média de 1900 m, até sua foz, no rio Tietê.
O desnível topográfico da bacia do Capivari é bem menor, não ultrapassando 250 m em um percurso de 180 km, desde as suas nascentes na Serra do Jardim, com altitude de 750 m.
Na bacia do rio Jundiaí, o desnível também é pequeno, porém um pouco maior do que o anterior: da ordem de 500 m, em uma distância de 125 km que se estende desde as suas nascentes a 1.000 m de altitude na Serra da Pedra Vermelha, em Mairiporã, até sua confluência com o rio Tietê, no Município de Salto.
Sub-tipo Cfb
Sem estação seca e com verões tépidos, nas porções baixas das bacias.
Sub-tipo Cfa
Sem estação seca e com verões quentes, nas partes médias das bacias.
Sub-tipo Cwa
Com inverno seco e verões quentes, nas porções serranas, das cabeceiras.
O período chuvoso ocorre entre os meses de outubro e abril, e o de estiagem, entre maio e setembro. Os índices de precipitação pluviométrica, na média, variam entre 1.200 e 1.800 mm anuais.
Entretanto nos trechos das cabeceiras dos cursos formadores do rio Piracicaba, na região da Mantiqueira, à leste de Bragança Paulista, ocorrem as maiores precipitações pluviométricas, cujos índices superam os 2.000 mm anuais. Esses índices caem para 1.400 e 1.200 mm, nos cursos médios e baixos, respectivamente.
Na região mais a oeste, a temperatura aumenta e a precipitação diminui, ficando a média próxima de 1.300 mm. As chuvas convectivas são favorecidas pela presença da Serra de São Pedro, que facilita a formação de cúmulos-nimbos.
Estações de medição pluviométricas das bacias
A bacia apresenta 102 estações de medição pluviométrica, das quais 73 estão em operação. Setenta estações pertence ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo, seis são da Agência Nacional de Águas (ANA), dez tem a Companhia de Energia do Estado de São Paulo (CESP) e 16 a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Os dados das precipitações médias mensais indicam que os meses menos chuvosos são julho e agosto (médias entre 25 e 40 mm), e que as maiores precipitações ocorrem em dezembro e janeiro (médias entre 190 e 270 mm).
Fluviometria
Quanto à fluviometria, verifica-se que, embora existam na região 60 estações, apenas 46 encontram-se em operação, sendo 9 pertencentes à ANA, 19 ao DAEE, 19 à SABESP, 6 à CPFL e 7 à CESP. Na bacia do rio Capivari não existe nenhum posto em operação.
Os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí possuem um grande potencial de recursos hídricos superficiais. No entanto, parte dessa água é direcionada para a bacia do Alto Tietê por meio do Sistema Cantareira. Esse sistema é responsável por fornecer água potável para cerca de 50% da população da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). O Sistema Cantareira possui reservatórios nos rios Atibainha e Cachoeira, na sub-bacia do rio Atibaia, e nos rios Jacareí/Jaguari, na sub-bacia do rio Jaguari.
De acordo com a outorga de direito de uso, os reservatórios do Sistema Cantareira têm uma retirada média de até 36 mil litros de água por segundo. Deste total, 31 mil litros por segundo são destinados à RMSP, enquanto 5 mil litros por segundo são liberados para jusante. A retirada desses volumes é definida mensalmente pelo Grupo Técnico Cantareira, em conformidade com as diretrizes da ANA e do DAEE, para garantir que o sistema não seja comprometido. Essas decisões são baseadas nas orientações das entidades responsáveis e na possibilidade de retirada sem prejudicar o sistema.
Vazões naturais correspondentes às contribuições dos trechos das respectivas sub-bacias, a jusante dos reservatórios do Sistema Cantareira; (Qn).
Vazões descarregadas pelo Sistema Cantareira nos rios Jaguari; (Qd).
Vazões regularizadas; (Qr).
Vazões provenientes de importações; (Qi).
Vazões exportadas (Qe).
Segundo o Relatório de Situação dos Recursos Hídricos das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2002/2003, a demanda de água para uso urbano na região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí é de 17,3 mil litros por segundo. Para uso industrial, o volume é de 14,5 mil litros por segundo, e para uso rural, 9,1 mil litros por segundo. Além disso, cerca de 31 mil litros por segundo são revertidos para abastecer 50% da Região Metropolitana de São Paulo, atendendo a aproximadamente 9 milhões de pessoas. Os recursos hídricos superficiais recebem uma carga poluidora de aproximadamente 157 tDBO/dia de esgotos domésticos e 83 tDBO/dia de efluentes industriais.
Águas subterrâneas
Na região PCJ, as águas subterrâneas são utilizadas para abastecimento doméstico, consumo industrial e como manancial complementar para abastecimento público. Estima-se que existam cerca de 5.000 poços em operação, com uma produção total de aproximadamente 127 milhões de metros cúbicos por ano. Isso representa uma média de 3,0 mil litros de água por hora por poço, explorando apenas 16% do potencial dos mananciais subterrâneos. Essa exploração limitada deve-se à baixa produtividade dos poços na região, o que impede um uso mais intensivo desses recursos, especialmente em sistemas de abastecimento de água.
Fontes: Plano de Bacias PCJ 2020-2035 e Relatório de Situação 2002-2003