Fortalecimento dos organismos de bacias e gestão participativa são destacados na RIOB 2013

Estiveram presentes na noite da última terça-feira, dia 13 de agosto, 112 delegações de 62 países à abertura oficial da Assembleia Geral Mundial da Rede Internacional de Organismos de Bacias – RIOB 2013. Dois temas ganharam destaque no início dos trabalhos: o fortalecimento dos organismos de bacias e a gestão participativa.

O presidente do Conselho Mundial da Água (WWC – na sigla em inglês), o brasileiro Benedito Braga, comentou durante a abertura que “a gestão de bacias hidrográficas deve ser de forma participativa, ou seja, de baixo para cima e não de cima para baixo”, disse Braga numa alusão à maior participação da comunidade nas decisões.

A importância da sociedade no debate sobre a água, também, foi levantada pelo presidente da Rede Brasil de Organismos de Bacias (REBOB). “A água será a crise definidora do século XXI. Existem alternativas energéticas, porém, não há alternativa para a água”, atentou.

A presidente da Confederação Hidrográfica do Júcar, Maria Ángeles Ureña Guillem, compartilha da mesma idéia sobre a participação da comunidade na gestão de bacias. “Temos de colocar à comunidade a par dos desafios da gestão da água”, disse.

O diretor presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, atentou para a necessidade de se buscar o fortalecimento dos organismos gestores com o objetivo de ampliar a força política. Segundo ele, a agenda da água é essencialmente política. “É necessário fortalecer os comitês de bacias e órgãos públicos gestores de recursos hídricos para se alcançar uma importância política superior entre prefeitos e governadores, para que as demandas dos comitês sejam atendidas e, assim, não gerar frustrações”, comentou Andreu durante a sua apresentação “A gestão de recursos hídricos no Brasil”, que ocorreu nessa quarta-feira, dia 14.

O Consórcio PCJ participou ainda do talk-show internacional sobre “o papel da água na agenda do desenvolvimento”. O secretário executivo da entidade, Francisco Lahóz, diante do começo de debates sobre possíveis alterações na lei 9433/1997 que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos no Brasil, indagou o diretor da Agência de Água francesa Adour-Garonne, Laurent Bergeot, sobre como se deu o processo de atualização da lei francesa. Bergoet atentou que um passo importante foi manter os princípios da lei e que as agências de bacias são catalisadoras de ações; não basta ter apenas dinheiro.

Ao final do talk-show, representantes do Consórcio PCJ entregaram aos participantes da mesa de debates, oriundos de vários países, kits da entidade com informações sobre a gestão nas Bacias PCJ e sobre o próprio Consórcio.

 

Assessoria de Comunicação – Consórcio PCJ

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