ArcelorMittal é vencedora do Troféu Beija-Flor Pela Água

Projeto foi eleito pelo público presente no Workshop Água Summit, que contou com a apresentação dos 21 trabalhos finalistas do 9º Prêmio Ação pela Água

A ArcelorMittal é a vencedora da Categoria H – Beija-Flor pela Água do 9º Prêmio Ação Pela Água, com o projeto “Estudo de Previsibilidade de Bacias Hidrográficas”. A escolha foi definida durante o Workshop Água Summit, realizado na tarde da última sexta-feira (28), no Jardim Botânico Plantarum, em Nova Odessa (SP). Na ocasião, os finalistas das sete categorias apresentaram os projetos ao público, que votou na iniciativa considerada de maior destaque.

A apuração dos votos foi conduzida pela equipe do Consórcio PCJ, considerando apenas as participações do público presente no Workshop. A ArcelorMittal foi anunciada oficialmente como vencedora da Categoria H durante a Cerimônia de Premiação do 9º Prêmio Ação Pela Água, realizada no mesmo espaço, logo após o Água Summit.

Gustavo Carvalho, gerente de Meio Ambiente da empresa, destacou a importância da iniciativa para o futuro hídrico da região. “Este projeto representa exatamente o que buscamos para garantir a proteção das nossas bacias. Precisamos compreender com qual quantidade e qualidade de água poderemos contar, para que sejamos resilientes diante das mudanças climáticas”.

Mais informações sobre a cerimônia estão disponíveis no site oficial do Consórcio PCJ: Consórcio PCJ reconhece os melhores projetos em edição histórica do Prêmio Ação Pela Água.

COMO FORAM AS APRESENTAÇÕES

O primeiro painel do dia foi “Água e o Poder Público”, coordenado pelo Diretor Presidente da Fundação Agência das Bacias PCJ, Sérgio Razera, onde os finalistas da Categoria A – Municípios Associados ao Consórcio PCJ, apresentaram seus projetos.

Representando a Prefeitura Municipal de Itupeva, a primeira painelista a discorrer foi Jaqueline Salvador Leite, que defendeu o “Projeto de Preservação Hídrica”. Através do projeto, o município implementou um instrumento inovador de ordenamento territorial: a Unidade de Proteção Hídrica (UPH), que estabelece normas de uso e ocupação de solo mais restritivas do que as prevista na legislação ambiental ordinária, com o objetivo de garantir a segurança hídrica de longo prazo.

Na sequência, Mariliza Scarelli Soranz apresentou o “Projeto Bacia de Contenção”, pela Prefeitura Municipal de Jarinu. Por meio da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, está sendo realizada a construção de bacias de contenção para conservar as estradas rurais e proteger os recursos hídricos.

Por fim, Evelise Moncaio Moda representou a Prefeitura Municipal de Piracicaba, com o “Projeto Preservando o Futuro”, que incentiva a proteção de áreas rurais estratégicas para o abastecimento de água do município.

PAINEL 2 – ESG E ÁGUA

O segundo painel “ESG e Água”, foi coordenado pelo Assessor da CIESP/FIESP, Alexandre Vilella e disputado pelos finalistas da Categoria B – Empresas Associadas ao Consórcio PCJ.

A primeira painelista foi Luciane Venturini, representando a Aegea Mirante com o “Projeto Ribeirão Limpo”, que consiste no monitoramento diários dos rios, córregos e afluentes do município de Piracicaba, com o objetivo de identificar pontos de lançamentos clandestinos, supostas avarias no sistema de coleta de esgoto e, dessa forma, executar os procedimentos necessários.

Em seguida, Geane Fayer apresentou o “Estudo de Previsibilidade de Bacias Hidrográficas”, pela ArcelorMittal. O projeto oferece às usinas da empresa a capacidade de antecipar e mitigar os efeitos das mudanças climáticas, aplicadas aos recursos hídricos, para suas operações e para a sociedade.

O “Projeto Plantar Vida” da Química Amparo – Ypê, foi o último a ser apresentado e teve como painelista Leonardo Sobral. O objetivo do “Plantar Vida” é restaurar áreas prioritárias da Bacia do Rio Camanducaia, aumentando a resiliência hídrica por meio da recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APP) e reservas legais em propriedades rurais.

PAINEL 3 – ÁGUA POTÁVEL E SANEAMENTO BÁSICO

Seguindo a pauta, coordenado pela Assessora da ARES-PCJ, Caroline Bacchim, o terceiro painel “Água Potável e Saneamento Básico”, foi disputado entre os finalistas da Categoria C – Serviços Municipais de Saneamento Básico e/ou empresas do setor, associados ao Consórcio PCJ.

A primeira a se apresentar foi a DAE SA Jundiaí, representada por Karen Cristina Tasaka, que defendeu o projeto “Gestão Hídrica: Sondas Multiparâmetros”. O objetivo do projeto é a coleta contínua e sistemática de dados hidrológicos em bacias hidrográficas e mananciais estratégicos, permitindo uma gestão eficiente dos recursos hídricos e a identificação de eventos como contaminações ou alterações momentâneas.

Na sequência, Cesar Sperchi Henrique representou a SANASA Campinas com o “Projeto análise, diagnóstico e prognóstico das redes de esgoto do sistema público do esgotamento sanitário de Campinas”, que utiliza vídeo inspeção para detectar anomalias e propor ações corretivas com foco em bairros de elevados IMCE (índice de manutenções corretivas de esgoto).

Ivan Canale encerrou a rodada de apresentações, representando o SEMAE – Piracicaba com o projeto “Bioensaio em Hydra Attenuata”, utilizado para monitoramento da qualidade da água em mananciais. Sua facilidade de cultivo e resposta rápida a contaminantes permite avaliar a toxicidade potencial da água e fornecer informações essenciais para o funcionamento seguro das Estações de Tratamento de Água (ETAs), garantindo água potável para consumo humano e animal.

PAINEL 4 – PESQUISA, INOVAÇÃO E ÁGUA

O quarto painel “Pesquisa, Inovação e Água” foi disputado pelos finalistas da Categoria D – Instituições de Ensino e Pesquisa localizadas em municípios associados ao Consórcio PCJ e coordenado pela Professora Doutora da ESALQ/USP, Taitiâny Karita Bonzanini.

Representando o Centro de Educação Profissional de Vinhedo (CEPROVI), Aldo Freddi Sobrinho discorreu sobre o projeto “Reciclagem do Lixo Eletrônico”, um ecoponto inserido na escola em abril de 2025 para coleta e descarte correto de equipamentos eletrônicos inutilizáveis, como computadores, tablets, baterias, entre outros.

A segunda apresentação foi realizada por Maria Luísa Bonazzi Palmieri, que representou o Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) com o “Projeto EducaTrilha na Escola”, um programa de educação ambiental, realizado com escolas municipais, estaduais e particulares por meio de um processo formativo e um concurso de projetos educativos que incluem visitas à Estação Experimental de Tupi (EET).

Por fim, Luciana Cordeiro de Souza Fernandes apresentou o “Projeto Clara: uma gotinha d’água” pela UNICAMP. O projeto é composto por uma coleção de histórias infantis em formato de livro e focadas na água e educação ambiental. Os conteúdos são destinados ao público de 4 a 12 anos e atualmente conta com mais de 50 histórias escritas, seis ilustradas e publicadas.

PAINEL 5 – ÁGUA E EDUCAÇÃO

Claudia Ghraber, da Elo Ambiental de Vinhedo, coordenou o quinto painel “Água e Educação”, disputado entre os finalistas da Categoria E – Instituições de Educação Básica localizadas em municípios associados ao Consórcio PCJ.

Com o “Projeto Refloresta”, Sérgio Luiz Farsura abriu a rodada representando a E.E. Comendador Emílio Romi (Santa Bárbara d’Oeste). O objetivo do projeto é promover o protagonismo juvenil e a aprendizagem prática por meio de atividades de silvicultura, botânica e educação ambiental

A seguir, Marina Jutkoski Guerra apresentou o “Projeto Vozes do Futuro”, representando a E.M. Dr. Paulo Koelle (Rio Claro). O projeto nasceu da proposta de envolver crianças de 4 e 5 anos da rede municipal de Rio Claro (SP) em uma reflexão sobre Segurança Hídrica e justiça ambiental, a partir da criação de um curta-metragem de animação.

A última exposição foi realizada por Pâmela Caroline Pereira, com o “Projeto Tata e crianças pequenas em: o mistério por trás do brilho do lago”, representando a E.M. Maria Benedicta Pereira Penezzi (Piracicaba). O projeto nasceu da curiosidade das crianças do Jardim II diante do lago da escola, onde vivem a tartaruga Tata e seus amigos peixes. As crianças investigaram a qualidade da água por meio de atividades que uniram ciência, arte, tecnologia e linguagem.

PAINEL 6 – EDUCOMUNICAÇÃO PARA A ÁGUA

O sexto painel “Educomunicação para a Água” foi coordenado pela Professora Doutora da PUC-Campinas, Ciça Toledo e disputado entre os finalistas da Categoria F – Comunicação nas Bacias PCJ.

O primeiro painelista da rodada foi Rafael Bitencourt, representando o Corredor Caipira/TV USP Piracicaba com o podcast “Histórias da Floresta: E eu com isso?”, que reúne conversas ricas e informativas sobre assuntos essenciais da agenda ambiental.

Em seguida, foi apresentada ao público a série “Água Vida” da EPTV Campinas, por Victor Hugo Bittencourt. A série conta com cinco reportagens especiais sobre os desafios da disponibilidade da água em meio a um período de estiagem superior à média histórica do Estado de São Paulo.

Gabriel Pitor, do Jornal O Liberal encerrou a rodada com o Especial “Americana e Suas Águas”, que celebrou o Dia Mundial da Água com uma série de reportagens dedicadas a mapear e explicar os principais recursos hídricos de Americana.

PAINEL 7 – ÁGUA PARA TODOS

O sétimo e último painel do Água Summit “Água para Todos” foi coordenado pelo Superintendente do Consimares, Valdemir Ravagnani e contou com as exposições dos finalistas da Categoria G – Organizações não associadas ao Consórcio PCJ.

O primeiro projeto a ser apresentado foi o “Gerenciamento de Resíduos Sólidos” da Hyundai Motor Brasil, representada por Heloisa Bertassi. Entre as principais ações do projeto estão a compostagem de mais de 390 toneladas de resíduos orgânicos, a briquetagem da borra de fosfato para uso como combustível alternativo, e a reciclagem de solventes, selantes e bitucas de cigarro — iniciativa pioneira em Piracicaba.

“Arte de Inovar com Maratona de Inovação” da Loa Produções Culturais, foi o segundo projeto a ser exposto ao público, representado por Andréia Nunes de Lima. A iniciativa combina o espetáculo teatral “Água à Vista”, que aborda o uso consciente da água e os desafios ambientais atuais, com o Ideathon – Maratona de Inovação, uma oficina de ideias que incentiva a cocriação de soluções sustentáveis para problemas socioambientais.

Larissa Rossetti apresentou o último projeto da tarde, representando a PRENAT Independente, cujo projeto leva o mesmo nome. A atuação da PRENAT integra escola, comunidade e poder público em torno da preservação da Mata Atlântica, do Rio Jaguari e da biodiversidade urbana, promovendo uma consciência ecológica aliada ao desenvolvimento local.

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