Preservação de córregos e rios é dever de todos, alerta concessionária

Há pouco mais de dois anos, a Mirante, empresa associada ao Consórcio PCJ, lançou o programa ‘Ribeirão Limpo’ com o objetivo de realizar monitoramento diário dos rios e córregos do município, a fim de evitar ocorrências relacionadas ao lançamento de esgoto in natura. Mas antes da criação do programa, a concessionária já realizava vistorias com esse mesmo propósito. Apesar das ações realizadas pelo Ribeirão Limpo, a Mirante alerta para a importância da responsabilidade compartilhada no cuidado e conservação dos recursos naturais.

Além das ações do programa Ribeirão Limpo, a concessionária executa, frequentemente, procedimentos preventivos, como lavagem da rede coletora e outras intervenções no sistema. O objetivo é assegurar o direcionamento adequado do efluente coletado até a unidade operacional mais próxima.

As mais recentes operações do programa, realizadas no período de 25 a 27 de setembro, envolveram inspeções em vários trechos banhados pelo ribeirão do Enxofre. Chamou a atenção dos fiscais a grande quantidade de lixo descartado nas bocas de lobo, que acaba sendo direcionada ao corpo hídrico, por meio das galerias de água pluvial.

“Muitas vezes, por desconhecimento técnico e pela falta de ferramentas específicas de detecção, as pessoas acabam relacionando o mau cheiro e a água com uma aparência mais escura, exclusivamente a esgoto sem tratamento. No entanto, existem outros fatores que contribuem para esse cenário, como o descarte irregular de lixo e a degradação natural de matéria orgânica”, explica Laís Fonseca Gomes, coordenadora de Serviços e Operações.

Esse tipo de situação acontece em todas as regiões da cidade e, por isso, a concessionária alerta para a importância do cuidado coletivo na gestão dos recursos naturais. “Apesar da concessionária contar com uma estrutura de monitoramento, é essencial que a população também contribua, principalmente, descartando corretamente lixo e outros materiais. Também já localizamos restos de animais mortos e volumes consideráveis de folhas de árvores, que obstruem o fluxo da água, acentuando o quadro de mau cheiro devido ao processo de decomposição”, diz Laís.

O período de estiagem é outro agravante:  a falta de chuvas interfere na fluidez da água que, somada ao acúmulo dos resíduos poluentes e a decomposição natural, geram mau cheiro. Vale ressaltar ainda que a rede coletora de esgoto é dimensionada para receber somente o efluente doméstico e, com o mau uso, a tubulação acaba sendo danificada por materiais irregulares (lixo, terra, pedra, óleo de cozinha, entre outros), ocasionando as obstruções e, consequentemente, os extravasamentos.

“É muito importante que as pessoas se conscientizem que a preservação dos recursos naturais é uma responsabilidade de todos. Cada indivíduo tem o seu papel como agente transformador, com práticas sustentáveis. É importante salientar ainda que cada munícipe deve exercer a função de fiscalizador, comunicando a empresa e as pastas competentes sobre qualquer anormalidade detectada. Desta forma, todos garantem um ambiente mais saudável e conservado para as próximas gerações”, finaliza a coordenadora.

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