Preocupação com a falta de água já nesse ano e possível crise Hídrica em 2022 é debatido em evento online

Grupo Rio Claro, no Facebook, organizou live no dia 08 com a participação do Consórcio PCJ e demais autoridades do mundo de gerenciamento de recursos hídricos

O Consórcio PCJ participou na noite da última quarta-feira, dia 08, de live organizada pelo Grupo Rio Claro no Facebook para discutir os efeitos da estiagem atual e seus possíveis impactos para o próximo ano, com risco de uma nova crise hídrica em 2022.

Estiveram presentes o Presidente do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ e vereador de Rio Claro, Júlio Lopes, e o secretário executivo da entidade, Francisco Lahóz, o superintendente do DAAE, Osmar da Silva Júnior, o coordenador da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas dos Comitês PCJ, Vinicius Rosa Rodrigues.

A pergunta que abriu os debates foi: “Vai faltar água?”, que foi prontamente respondida pelo superintendente do DAAE. “Não vai faltar, já está faltando água”, disse Silva Júnior.

Júlio Lopes atentou no evento para a necessidade de planejamento de ações regionais, já que numa crise hídrica os impactos serão sentidos por todos. “É preciso ações conjuntas entre as secretarias de Obras, Agricultura e Meio Ambiente, além da inserção em um planejamento ambiental regional, principalmente após a aprovação da lei de regionalização do saneamento básico”.

O Presidente do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ ainda lembrou do importante papel que o poder legislativo tem no apoio à gestão hídrica e destacou o papel dos conselheiros dentro da entidade. “Os municípios precisam se aproximar mais das experiências que o Consórcio PCJ tem, como o Pagamento por Serviços Ambientais e outras, especialmente, as que atentam sobre a sensibilização ambiental e os membros do Conselho Fiscal são essa ponte com os municípios e comunidade”, comentou Lopes.

Vinicius Rosa Rodrigues ressaltou que “a ocorrência dos eventos climáticos extremos está diretamente ligada aos efeitos dos desmatamentos e efeito estufa e nosso direto como cidadão é lutar contra isso, porém, como lição de casa devemos utilizar de toda criatividade e tecnologia possível para que a água das chuvas que ocorrem em nossa região hidrográfica que ela fique aqui, realimentando o lençol subterrâneo. Vamos salvar o planeta, iniciando por salvar uma gota de água”.

O secretário executivo do Consórcio PCJ atentou para a gravidade do momento e informou que existem municípios que já estão enfrentando restrições do consumo de água devido à estiagem mais severa. “A recomendação é de uso consciente da água e início de medidas preventivas imediatamente”, alertou Lahóz.

Como os mananciais da região estão exauridos, o secretário executivo do Consórcio PCJ orientou sobre algumas medidas de contingenciamento que devem ser iniciadas imediatamente, como: parcerias com a Defesa Civil para o cadastramento de caminhões pipa para momentos de escassez extrema; identificação de cavas de mineração e análise química da água ali armazenada para possível uso em emergências, como já foi feito na crise de 2014/2015; mapeamento de reservatórios particulares na zona rural; cadastramento de empresas que aluguem tubulações de engate rápido para poder levar água de um ponto a outro; e combate às perdas visíveis com o apoio da população na busca por vazamentos nas residências e em locais públicos.

Na visão do Consórcio PCJ, iniciar desde agora ações de contingenciamento é automaticamente se preparar para a estiagem de 2022, que tende a ser mais forte a que estamos verificando nesse ano, já que há forte possibilidade de repetição da ocorrência do “La Niña”, que arrefece as águas do Oceano Pacífico e diminui a quantidades de chuvas no Sul e Sudeste do Brasil.

Em sua fala, Lahóz enfatizou que participar dos estudos que levarão ao Projeto do Sistema Adutor Regional PCJ, que a partir de 2023 poderá ser a ferramenta para a distribuição dos 9 m3/s a serem disponibilizados pelos Reservatórios Regionais (Duas Pontes, no Rio Camanducaia, em Amparo (SP) e Jaguari, em Pedreira (SP)), que poderá beneficiar 27 dos 76 municípios das Bacias PCJ é importante, porém, igualmente vital é seguir as recomendações do estudo, elaborado em 2020 pela Fundação Agência de Bacias PCJ, visando a Sustentabilidade Hídrica da Bacia do Rio Corumbataí até 2040, que indicam a necessidade de revitalização das nascentes, combate a perdas nos sistemas de distribuição, sensibilizar a população sobre o uso consciente da água e construir um reservatório Regional que poderá ampliar a disponibilidade hídrica em até 5 m3/s. O mesmo olhar deve ocorrer em relação as Bacias do Capivari e Jundiaí, entre outras sub bacias também prioritárias.

A live do Grupo Rio Claro ainda está disponível e pode ser acessada pelo canal do grupo no Facebook, acessando o link: https://abrir.link/TkWfZ

Compartilhe essa matéria via:

Facebook
Twitter
LinkedIn

Newsletter

Assine a Newsletter do Consórcio PCJ e seja o primeiro a saber sobre projetos, ações de conservação e eventos importantes que acontecerão no ano. Além de notícias em primeira mão sobre todo o universo da água.

Outras matérias

18 de junho de 2025

Tema foi debatido no Fórum Internacional de Segurança da Água, em São Paulo, nos últimos dias 12 e13 de junho As mudanças climáticas estão ocasionando…

17 de junho de 2025

Evento será realizado no período da manhã, das 10h às 11h30 e é voltado para os profissionais de educação das Bacias PCJ O Consórcio PCJ…

12 de junho de 2025

Volume útil do Sistema Cantareira mantém redução e atinge 52,7% de reservação O Consórcio PCJ encaminha o Boletim Hidrológico das Bacias PCJ, referente às precipitações…

Pular para o conteúdo