Pesquisadora apresenta novas possibilidades de trabalhar educação ambiental por meio da literatura

O Consórcio PCJ promoveu na manhã da última quinta-feira (13), na sede da entidade em Americana (SP), a sexta capacitação do ano aos participantes do projeto “Gota d’ Água: Preserve cada gota”, com a realização da Oficina “Educação Ambiental voltada à Educação Básica”, com o objetivo de apresentar novas propostas de inserção da educação ambiental nas escolas, tendo como ferramenta principal a literatura. A oficina foi ministrada por Ana Lúcia Maestrello, mestre em linguística pela UNICAMP e presidente do Instituto de Educação e Meio Ambiente (IEMA), e reuniu mais de 50 educadores.
Pela proposta apresentada, o objetivo é fazer com que o momento da leitura compartilhada na escola, ocasião em que o professor faz a leitura de um livro em voz alta e em conjunto com os alunos, se transforme num momento de maior de aprendizado sobre questões ambientais. Segundo Ana Lúcia, ”as crianças se cansam com a mesmice de o professor ler e mostrar o livro. Como a grade curricular é engessada, é fundamental aproveitar o tempo de ensino da melhor forma possível”.

A pesquisadora apontou alternativas para intensificar o aprendizado dos conceitos de educação ambiental nas escolas, uma vez que, na visão dela, o assunto ainda é discutido em muitas escolas esporadicamente, de forma antiga, com os mesmos materiais didáticos. “É necessário entender que o público muda. As crianças de hoje sabem como usar um celular ou um tablet. É preciso dar uma aula mais dinâmica, mais atraente”, comentou.

Ana Lúcia apresentou na capacitação a importância do estabelecimento de um conteúdo pragmático e, acima de tudo, o desenvolvimento de uma leitura sistematizada para a Educação Básica, que permita também o desenvolvimento da escrita. Segundo o procedimento apresentado por ela, a leitura compartilhada deveria ser uma ação sistematizada dentro da grade horária já existente, sendo que os quarenta minutos disponíveis seriam divididos entre a leitura propriamente dita, a atividade lúdica e, no final, a atividade escrita. “A atividade escrita é o primordial, uma vez que a redação mensura a capacidade de assimilação do conhecimento”, destacou.

Para exemplificar esse procedimento, a pesquisadora realizou uma dinâmica com os educadores participantes da oficina. Primeiramente, para aprimorar a leitura compartilhada, foi sugerido estabelecer um recorte temático. Para a capacitação no Consórcio PCJ, o tema escolhido foi a conservação dos recursos hídricos, tendo como base literária a estória da Cinderela. Ana Lúcia trouxe a narrativa para o âmbito da gestão da água e apresentou aos educadores como a leitura compartilhada pode ser melhorada a fim de desenvolver a escrita nos alunos, motivando-os a escrever sobre formas de uso racional da água pela personagem central dessa estória, no caso a Cinderela.

Pela proposta de Ana Lucia, a leitura compartilhada nesses moldes aconteceria por meio de dois livros por ano, já que para o desenvolvimento pleno da atividade cada livro deve ser trabalhado durante um semestre inteiro. Ela destacou ainda os preceitos para os temas centrais, de acordo com cada faixa etária. Na Educação Infantil é aconselhado o uso de obras com finais felizes; já para o Fundamental I, nem tanto. “A sensibilização não vai se limitar a visão do belo, os livros também podem ensinar através de finais impactantes”, complementou.

Saiba mais sobre o Projeto de Educação Ambiental Gota d’Água do Consórcio PCJ

Em 2015, o Projeto Semana da Água foi remodelado pelo Programa de Educação e Sensibilização Ambiental do Consórcio PCJ e passou a se chamar “Projeto Gota D’água: #PreserveCadaGota”. O novo projeto pretende intensificar as ações de educação ambiental nas Bacias PCJ que extrapolem a execução das Semanas da Água nos municípios, o que de fato já ocorre na prática. Com esse novo projeto, a equipe do Programa de Educação Ambiental sempre estará à disposição dos associados ao Consórcio PCJ, com o desenvolvimento das semanas da água municipais e de qualquer outro projeto de educação ambiental.

A proposta para 2015 é que os participantes continuem insistindo na execução de ações efetivas visando o uso consciente da água em seus municípios, visto que as chuvas de 2014 não foram suficientes para amenizar a escassez hídrica de nossa região, o que provavelmente irá causar um período de estiagem ainda mais crítico a partir de abril de 2015.

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